A separação entre o técnico Jorge Sampaoli e a seleção do Chile é inevitável. Em entrevista ao Diário AS, durante sua passagem por Zurique (SUI) para a cerimônia da Bola de Ouro, o treinador revelou que não se vê motivado em continuar no atual cargo.
Campeão da Copa América no ano passado, Sampaoli criticou a postura do atual comando da federação chilena, comandada agora por Arturo Salah.
- É de conhecimento de todos o meu desejo. É mais um aspecto pessoal do que futebolístico. A nova direção tomou medidas que deixaram um cenário pouco confortável. Com isso, não tenho mais ânimo para seguir no cargo. Estamos vendo a melhor forma para fazer a separação - declarou.
Mesmo com contrato em vigor, Sampaoli não acredita que o processo de desligamento será longo. Na visão do treinador, após retornar ao Chile as partes devem achar um denominador comum.
- Espero que seja um acordo amigável. Não creio que seja um processo demorado. Fizemos muito pelo futebol chileno e merecemos respeito que acabou se perdendo nos últimos meses - desabafou.
Sobre o futuro, Sampaoli, que tem sido especulado em diversos clubes, como a Roma, fez mistério sobre qual será seu novo desafio.
- É algo que não depende só de mim. Vamos ver como serão as coisas. Primeiramente preciso acertar a rescisão - afirmou.
Por fim, o técnico acredita que a Argentina tem tudo para ser a melhor seleção do mundo e acredita que seu legado no futebol chileno foi o jogo coletivo.
- Acredito que tive grande mérito de introduzir a importância do jogo coletivo na seleção. Prova disso foi que o resultado chamou a atenção do mundo. Vejo a Argentina como a melhor seleção. No momento em que encontrarem o equilíbrio e um esquema de jogo em que Messi funcione, serão o número 1 - finalizou.