O milagre não foi possível. Ele fez um bom papel, o de dar a volta nos acréscimos, o de classificar. A seleção de Julio Olarticoechea, o técnico que dirigia o futebol feminino e que assumiu o cargo como um bombeiro nesta equipe improvisada, não acertou o pé no decorrer da competição e, na terceira partida contra Honduras não conseguir o que queria, a vitória essencial.
Deixaram tudo, correram, mas não jogaram bem e sofreram muito atrás. Se pode atropelar a história contra um rival limitado, com quase todos os jogadores do futebol local: Rulli agarrou o pênalti no final do primeiro tempo e Correa teve uma grande chance, mas falhou na marca do pênalti.
Tinha que ganhar e, a medida que foram passando os minutos, pesou o nervosismo e os problemas. Pavón tentou, sempre transbordando.
Tentou Cristian Pavón, se atrapalhando sempre. Arriscou Calleri, que cometeu um erro incrível no primeiro tempo. Encarou Celso, investiu Ascacibar, tentou algumas Rulli e, no final, Martínez também não conseguiu. Houveram chances, mas, como em todo torneio, faltou pontaria. Fizeram o gol nos acréscimos, sonharam com o feito heroico, mas não conseguiram. E foi justo, porque Honduras fez o que precisava e criou suas chances.
Outra decepção para o futebol argentino, com uma equipe convocada às pressas e que teve pouco tempo para treinar. Mal contra Portugal, depois uma vitória difícil contra a Argélia e agora Honduras complicou a vida. Houveram lágrimas, sofrimento e dor por esse papelão da Argentina. Um papelão que não é responsabilidade do que jogaram, mas foi um papelão no final. Olímpico, para que todos repitam que duramos muito pouco neste torneio.
Diário Olé (ARG), POOL do LANCE!