Andriy Shevchenko, ídolo da Ucrânia, assumiu a federação de futebol do país em janeiro, e adotou uma medida, no mínimo, inusitava. O ex-centroavante recorreu a um polígrafo, detector de mentiras, para ser utilizado em árbitros, a fim de combater problemas de manipulação de partidas.
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O aparelho mede registros de variáveis fisiológicas, como pressão arterial, pulso, respiração e suor. Com isso, determina se o examinado está dizendo a verdade ou mentindo. Segundo "Sheva", como era conhecido, os árbitros reprovados não poderão apitar jogos nacionais.
- Nós vemos o polígrafo como uma chance de obter mais informação, além de entender com quais árbitros podemos trabalhar. É um começo do zero - afirmou Andriy.
A medida, porém, gerou algumas críticas e polêmicas no país. O técnico Volodymyr Sharan, com passagens por Dnipro e Dinamo Kiev, foi um dos nomes a se posicionar contra o polígrafo.
- Isso é controle demais. O fator humano sempre estará presente, sempre haverá erros, mas agora existe o VAR. Vamos testar os jogadores e técnicos também agora, que tal? Chegar três horas antes do jogo para passar pelo detector - disparou o comandante.
Shevchenko, hoje com 47 anos, é considerado o maior jogador da história do país, além de ser o maior artilheiro, com 48 gols em 111 jogos. Somado à sua trajetória no gramado, também comandou a seleção durante cinco anos, entre 2016 e 2021, disputando a Eurocopa em seu último ano.