Os ataques que abalaram Paris nesta sexta-feira poderiam ter sido bem piores. Segundo o jornal "The Wall Street Journal", um homem com bombas pretendia entrar no Stade de France, que recebeu 80 mil pessoas no amistoso entre França e Alemanha. O terrorista tinha ingresso, mas foi bloqueado pelo sistema de segurança do estádio.
Segundo a publicação, as informações foram passadas por um guarda chamado Zouheir. Ele disse que o terrorista foi observado com um colete de explosivos ao passar pela revista feita pelos policiais, já com o jogo em andamento. Como sua tentativa de entrar no estádio foi em vão, ele acionou os explosivos ali mesmo no túnel de acesso, disse o guarda.
Duas explosões foram ouvidas dentro do Stade de France. Os torcedores acreditavam se tratar de fogos. Mas Zouheir disse que percebeu que não eram os artefatos quando a segurança retirou o presidente François Hollande, que assistia à partida, do estádio.
- Quando vi o Hollande sendo retirado, percebi que não eram fogos - comentou o guarda.
Mas o jogo não foi paralisado para evitar que o público entrasse em pânico. Quando o amistoso terminou, parte dos torcedores foi levado para o gramado do estádio. A seleção alemã passou a noite no Stade de France e só retornou a Frankfurt neste sábado.
Uma série de atentados terroristas marcaram negativamente a sexta-feira 13 em Paris. Cerca de 130 pessoas morreram em decorrência dos ataques. Neste sábado, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo massacre.