Os ataques terroristas dos últimos meses, principalmente em Paris e em Bruxelas, acenderam o sinal de alerta em relação à Eurocopa. E este alarme ficou ainda mais evidente com a confissão de um terrorista do Estado Islâmico que indicou esta intenção. De acordo com o jornal "Liberation", Mohamed Abrini, que foi caputado na semana passada, teria confessado a intenção de atacar a capital francesa durante o torneio, que começa em junho.
Segundo a publicação, uma fonte policial confirmou que Abrini, que ficou conhecido como o "homem de chapéu" nas imagens capturadas durantes os ataques de Bruxelas, confessou em um dos seus interrogatórios que a Eurocopa é um dos alvos para o grupo terrorista.
A polícia ainda quer confirmar as informações obtidas com Abrini, que levaram ainda as autoridades a terem mais convicção de que Bruxelas é mesmo uma base do Estado Islâmico há pelo menos 10 anos.
Mais de 2,5 milhões de pessoas são esperadas na França durante a Eurocopa deste ano. As autoridades locais garantiram que a luta contra o terrorismo é uma das prioridades desde o início da organização, e que não vai alterar o seu planejamento por causa dos acontecimentos recentes.
- O que esses eventos mudam é que o risco teórico se torna concreto, palpável. Provavelmente, isso não muda muita a preparação da segurança do evento. Mas isso tudo cria um outro tipo de intensidade - disse Jacques Lambert, presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Euro, em novembro à agência AFP.
No mês passado, foi feita uma simulação de um ataque terrorista em Nîmes. Na ocasião, o alvo seria uma fanzone de uma cidade que não será sede da Eurocopa. Mais de 2 mil pessoas foram envolvidas, e foi bem sucedido.