Durante esta semana, um dos principais assuntos na Europa foi uma possível criação de uma Superliga, em que as grande potências do Velho Continente estariam lá dentro, independente do que façam em seus torneios nacionais. Uma reunião envolvendo o empresário Stephen Ross, um dos entusiastas do torneio, com os times mais ricos da Inglaterra, voltou a colocar o assunto em pauta. Porém, alguns importantes treinadores da Terra da Rainha posicionaram-se contrários à ideia.
- Todos que acompanham a mainha carreira sabem o que eu penso, que eu sou contra todas as "superligas" e coisas desse tipo. Para mim, a própria Liga dos Campeões tem que ter campeões, na minha opinião. Disse isso há 20 anos e digo agora. O esporte é para vencer, não para ser segundo ou terceiro - disse Louis van Gaal, técnico do Manchester United, que venceu a Champions em 1995 com o Ajax, dois anos depois de o torneio abrir vagas para times que não eram campeões nacionais, mas também alguns vices.
Guus Hiddink, conterrâneo de Van Gaal e campeão do torneio europeu em 1988 pelo PSV, ainda antes da reformulação, também mostrou-se contrário. Ele exaltou o mérito desportivo para os times entrarem em competições continentais.
- Eu acho que temos que ter muito cuidado quando falamos de exclusidade de alguns times. Ainda mais quando times como o Leicester, nessa temporada, estão chacoalhando as coisas. Eles têm todo o direito de estarem aonde estão agora e de irem à Liga dos Campeões - disse.
O próprio treinador do Leicester também já se manifestou. Charlie Stillitano, magnata americano que também estaria por trás da Superliga, deu declarações polêmicas. Lembrou que o Manchester United, que está fora do G4, contribuiu muito mais ao longo da história do futebol, e que merece estar no sonhado torneio mais que o Leicester, e criticou a Liga dos Campeões por estar neste momento com times como PSV e Gent, ao invés de gigantes como o próprio Red Devils e Liverpool. Claudio Ranieri respondeu.
- Isso é especulação... Isso é esporte, né? Eu entendo que eles queiram fazer alguma coisa, mas se algo estranho acontece, eles não devem culpar os pequenos, eles devem culpar eles próprios, devem é se questionar: "Como que um time pequeno está melhor do que nós?" - disse o italiano:
- Eles devem pensar no que os torcedores querem, e não só no dinheiro, pois a cultura e a torcida são mais importantes do que essas coisas - disse o italiano.
Logo após a divulgação da tal reunião pela imprensa inglesa, o Arsenal veio a público e garantiu que é contrário à sua criação. Alguns dirigentes de fora da Inglaterra, como Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern de Munique e da Associação de Clubes da Europa (ECA) e Andrea Agnelli, da Juventus, articulam pela implementação da competição.