Uma das recentes vítimas de racismo na Rússia, Hulk voltou a falar sobre insultos que recebia nos tempos de Zenit, equipe de São Petersburgo. Atualmente no Shanghai SIPG, o atacante acredita que acabou o racismo no país, sede da Copa das Confederações, finalizada no último domingo, e da Copa do Mundo de 2018.
- Acredito que sim (acabou o racismo). Eu penso que isso não vai acontecer no Mundial. Não tem com o que se preocupar com isso. Infelizmente, eu vivi alguns momentos aqui na Rússia, principalmente na minha chegada. Com o passar do tempo foi melhorando, eu fui me adaptando ao futebol russo. O pessoal russo foi me abraçando mais e, quando eu saí do Zenit, um ano antes já não existia mais isso. E eu tenho certeza que isso aqui não existe mais. Não aconteceu em nenhum momento na Copa das Confederações e eu tenho certeza que no Mundial não vai acontecer e vai ser maravilhoso aqui - disse Hulk, em entrevista à emissora "CNN" em seu retorno a São Petersburgo.
Logo nos primeiros passos no Zenit, onde ficou de 2012 a 2016, vindo do Porto, Hulk denunciou ao jornal britânico "The Guardian" que estava insatisfeito com os frequentes casos de racismo na Rússia. Ele chegou a contar que ouvia insultos quase que diariamente.
Para Hulk, contudo, não há rancor, apesar de revelar que, por dentro, ficava "muito triste" com os atos racistas.
- Eu não guardo rancor com nada. Eu prestava muita atenção com isso, me distraía do jogo. Ficava muito triste, principalmente por dentro. Com o passar do tempo, depois que aconteceu diversas vezes, eu comecei a relaxar. Tanto que, aqui na Rússia, quando a torcida começava com ato de racismo, imitar o som do macaco, eu mandava beijos para a torcida - explicou o atleta de 30 anos.