Ficou definido em reunião na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, na manhã desta quarta-feira, que um grupo de trabalho montado pela Prefeitura de São Paulo vai vistoriar os alojamentos dos clubes de futebol da capital ao longo dos próximos 90 dias. Vale para instalações destinadas à base ou ao profissional.
Enquanto isso, os clubes receberam a recomendação de suspender o uso dos alojamentos que "não tenham licença de funcionamento ou que não estejam em conformidade com as normas vigentes de segurança". Alguns já se anteciparam.
O São Paulo, por exemplo, transferiu a concentração dos jogadores para o jogo contra o Talleres (ARG), nesta quarta-feira, do CT da Barra Funda para o CT da base, em Cotia, e se colocou à disposição para fazer os reparos que forem necessários. Carlos Augusto de Barros e Silva, presidente do Tricolor, esteve no encontro.
Juventus e Portuguesa também anunciaram que retiraram atletas e/ou funcionários de seus alojamentos e prometeram trabalhar para regularizar o que for necessário.
O Corinthians diz que fará reparos na casa utilizada como alojamento para os garotos da base, que fica perto do Parque São Jorge, em até dez dias. Como mostrou o Uol Esporte, o local funcionava como consultório médico e tem licença para tal, não para servir como dormitório.
A reunião contou com representantes de São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Juventus, Portuguesa e Nacional. O aumento do rigor na fiscalização foi motivado pelo incêndio no Ninho do Urubu, que matou dez adolescentes da base do Flamengo na sexta-feira passada.