O artilheiro da Copa do Brasil 2023 foi o atacante Lorran, que marcou cinco gols pelo Nova Mutum (MS) em apenas duas partidas. Além dele, Pedro, do Flamengo, Tiquinho Soares, do Botafogo, e Alef Manga, do Coritiba, também balançaram as redes cinco vezes, mas a média do mato-grossense foi melhor. Hoje, o jogador de 28 anos está no São José (SP) e comentou sobre a artilharia em entrevista ao Lance!.
Lorran marcou três gols na estreia contra o Londrina, na vitória do Nova Mutum por 4 a 2. Fez outros dois na segunda fase, contra o Nova Iguaçu (RJ), mas a equipe foi eliminada com derrota por 5 a 2. O atacante diz que passou a acreditar mais na artilharia à medida que os concorrentes também foram eliminados da Copa do Brasil.
- Depois que eu marquei os dois gols, contra o Nova Iguaçu, na nossa eliminação, deu uma vantagem boa do segundo colocado, que era do zagueiro que fez três gols contra o Cuiabá (Allan Rosário, do São Raimundo). Ali eu vi que dava, mas veio o jogo do CRB, que o Renato encostou com quatro gols, então achei que ia ficar difícil. Continuei acompanhando, mas achei que ele iria passar, mas os gols não saíram, o time foi eliminado e passei a acreditar - comentou o atacante.
Sobre Pedro, que também marcou cinco gols na competição e chegou à final com o Flamengo, Lorran disse que tentou não acompanhá-lo, mas que na final "secou" o concorrente. Disse ainda que ficou preocupado com a entrada de Gabigol em campo contra o São Paulo, pois o 10 da Gávea tinha quatro gols e é muito decisivo.
- Ele (Pedro) marcou quatro contra o Maringá, aí eu falei: "agora já era!" - brincou. - Eu procurei não acompanhar, porque sou muito ansioso. Quando tinha jogos do Flamengo, eu acompanhava mais o segundo tempo e secava. Tenho muitos amigos flamenguistas que diziam "se Deus quiser o Pedro não vai passar você não". Mas na final não tinha como, era o último jogo, última esperança, e deu tudo certo. Quando ele saiu recebi muitas mensagens, mas pedi calma porque ainda tinha o Gabigol, com quatro gols e que é um cara decisivo, que sempre marca em finais. - explicou Lorran.
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Questionado sobre o sentimento de ter sido artilheiro da Copa do Brasil, feito alcançado por nomes como Neymar, Edmundo, Romário, Fred, entre outros, Lorran diz que a ficha não caiu. No entanto, o atacante lembra que foi o primeiro mato-grossense a conseguir a artilharia, e comenta que isso o fez perceber que a marca era maior do que pensava.
- Ainda não (parei para pensar). É uma coisa que 'tô' tentando assimilar ainda. Sei que é algo grande, mas ainda não caiu essa ficha. Para mim eu sou só o artilheiro da Copa do Brasil, mais um artilheiro. Mas já recebi mensagem e fiquei sabendo que sou o primeiro mato-grossense a ser artilheiro, então já sei que é algo bem maior do que eu 'tava' imaginando - afirmou o atacante.
*MAURÍCIO LUZ contribuiu sob supervisão de Tadeu Rocha