Atacante Eder projeta despedida no Criciúma, clube do coração: ‘Motivo de orgulho’
Ídolo do Criciúma atacante fará seu último no próximo sábado contra o Atlético-MG, no Heriberto Hülse
Aos 37 anos, o atacante ítalo-brasileiro Eder, hoje no Criciúma, anunciou que vai se aposentar dos gramados no próximo sábado (3), após o duelo contra o Atlético-MG, válido pela 21ª rodada do Brasileirão. O jogo será Heriberto Hülse.
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Consagrado na Itália, onde permaneceu por 13 anos, e defendeu Sampdoria, Inter de Milão e a Seleção Italiana, o jogador retornou ao Brasil em 2021 para defender o São Paulo, e escolheu encerrar a carreira no Criciúma, clube de coração. Seu retorno, conquistou três títulos regionais e o acesso do Tigre à elite do futebol brasileiro após 10 anos, colocando o jogador entre os maiores ídolos da história do clube carvoeiro.
- Eu morei embaixo das arquibancadas do Majestoso por três anos. Estive aqui debaixo de chuva para ver os três gols do Paulo Baier na final da Série B de 2002. O Criciúma me deu tudo, eu fiz uma grande carreira, mas não poderia me aposentar sem retribuir um pouco disso ao clube que eu amo - disse o atacante, que decidiu voltar às origens em 2023 após 18 anos.
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A carreira
Cria da base do Criciúma, Eder colecionou convocações para as Seleções de base do Brasil e subiu ao elenco profissional carvoeiro em 2004. No ano seguinte, após se destacar na conquista do Campeonato Catarinense, foi negociado com o futebol italiano com apenas 18 anos, e defendeu Empoli, Frosinone, Brescia e Cesena antes de se tornar ídolo da Sampdoria e Inter de Milão. Naturalizado italiano, defendeu a Seleção na Eurocopa de 2016, em jogos eliminatórios e amistosos, somando 26 partidas e 6 gols pela Azurra.
- Quando você olha pra trás, vê que todo sacrifício vale a pena. Eu saí muito cedo, sozinho, sem um contrato que me desse segurança. Mas aprendi muito a correr atrás dos meus sonhos, e encerrar a carreira desta forma, com estas conquistas, e com o meu clube do coração na elite do futebol brasileiro é motivo de muito orgulho, e gratidão a todos aqueles que fizeram parte da minha história - disse.
Antes de retornar ao Brasil para ser campeão paulista pelo São Paulo em 2021, Eder teve duas temporadas no Jiangsu Suning, da China, onde foi campeão chinês, tendo marcado o gol do título inédito de sua equipe. No São Paulo, ajudou o time a sair de uma fila de nove anos.
- Foram momentos importantes da minha carreira, com títulos que ficam na história. Sou grato ao São Paulo em ter me repatriado, a experiência na China foi excepcional, e ainda com pandemia trouxe muita dificuldade, e pude deixar minha contribuição na história de todos os clubes que defendi - comemora.
O presidente do clube, Vilmar Guedes, comentou a aposentadoria do ídolo, autor de 25 gols em 101 jogos com a camisa do clube, e não poupou elogios.
- O Eder é a maior referência que tivemos na história dos 77 anos do clube. Se nós fôssemos simplesmente agradecê-lo, acho que não espelharíamos a realidade do que ele representa e representou para o clube. Trata-se de um exemplo de retidão a ser seguido pela base e por nós - disse o dirigente.