A Procuradoria do STJD denunciou o Atlético-MG pelas cenas de violência na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, na Arena MRV. O Galo pode perder até dez mandos de campo, após ter sido denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, com o episódio do último domingo (10), em Belo Horizonte.
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O pedido da Procuradoria ao presidente do STJD é que a Arena MRV seja fechada até o julgamento da denúncia, que ainda não tem data marcada. Com isso, o clube mineiro mandaria seus jogos em outro estádio e sem presença de público.
Os procuradores da denúncia são Paulo Dantas, Mariana Andrade Rabelo, Eduardo Araújo e João Marcos Siqueira. O documento contém relato de bombas arremessadas, invasões ao gramado e aponta incapacidade da organização do estádio de gerir uma partida. Ao todo, são 17 páginas, com imagens. A análise será feita pelo presidente do STJD, Luis Octavio Veríssimo.
- As gravíssimas falhas do clube mandante ao não prevenir e conter imediatamente os atos de violência e de enorme desordem [...] corroboram a existência de risco concreto, que somente será afastado quando houver a comprovação da tomada de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinárias necessárias para fins de manutenção da segurança do estádio.
Entrega da taça da Copa do Brasil ao Flamengo foi com hino do Atlético-MG
Chamou a atenção também a indelicadeza dos donos da casa no momento da festa do Flamengo. O hino do Atlético-MG ficou rodando sem parar no sistema de som da Arena MRV até o momento em que os jogadores rubro-negros deixaram o campo, cerca de uma hora após o encerramento da partida.
Isso incluiu a cerimônia de entrega de medalhas e da taça, e até mesmo a volta olímpica. Quando os jogadores levaram o troféu para diante da arquibancada onde estavam os torcedores do Flamengo, e esses começaram a gritar o clássico "é campeão!", o volume do som do estádio foi aumentado.