A denúncia em torno de dívidas salariais pode voltar a assolar o futebol alagoano. Um grupo com 19 jogadores que defenderam o clube na disputa da Série C de 2016 procurou o LANCE! para revelar que irá cobrar atrasados, e ameaçam tomar medidas judiciais, caso necessário.
Tradicional clube alagoano que ficou conhecido nacionalmente por eliminar o Palmeiras na Copa do Brasil de 2002, o ASA passou por uma reformulação visando a temporada de 2017. A lista de atletas conta com jogadores renomados do futebol nacional: o volante Ramalho, campeão brasileiro pelo São Paulo em 2006, e o zagueiro Willames José, irmão do atacante Willian José (atualmente do Real Sociedad, que tem passagens por Real Madrid, São Paulo, Grêmio e Santos).
Também fazem parte do grupo que cobram os salários atrasados os goleiros Ferreira, Thiago Braga e André Pereira; os zagueiros Edson Veneno, Rayan, Fabiano e André Nunes; os laterais Igor, Junior, Alex Travassos e Gilmar; o volante Jorginho; os meias João Paulo, Diogo e Rafael; e os atacantes Reinaldo Alagoano e Lessinho.
Para consegui conversar com os atletas, a reportagem do LANCE! foi colocada no grupo de WhatsApp do elenco que disputou a Série C de 2016 pelo ASA, onde eles relataram a situação que se encontram.
- O ASA está nos devendo o mês de setembro do ano passado e mais alguns dias. Desde então estamos entrando em contato com eles, que falam sempre que estão aguardando o dinheiro do governo e até agora nada - revelou o grupo de jogadores, que contaram ainda que o Fantasma deve o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e chegou a pagar alguns jogadores com cheques sem fundo - O meu (cheque) voltou duas vezes - disse um dos atletas.
- Todos nos fomos profissionais, pais de família. Não podemos ficar sendo submetidos a mentiras e calúnias - declarou outro jogador.
- Não colocamos o clube na Justiça ainda, mas se for necessário para termos nossos direitos, vamos colocar - ameaçou mais um atleta.
Atualmente no Murici-AL, o zagueiro Edson Veneno é um dos jogadores com os quais clube tem maior pendência.
- Eles me devem quase três meses de salário, férias e mais de dois anos de FGTS - contou o defensor.
Alguns jogadores pediram para não serem identificados nos depoimentos.
O L! entrou em contato com a assessoria de imprensa do ASA, que informou que a direção do clube disse que até a próxima semana o clube resolverá a situação.