Escrito por Lance!
Um crescimento significativo de medidas a favor da modernização dos estádios brasileiros aconteceu após a realização de grandes eventos do esporte como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, por exemplo. O conceito das arenas foi importado do futebol europeu, se consolidou e, consequentemente, trouxe novas experiências para os torcedores ao assistirem as partidas.
Para seguir essa tendência, os clubes vêm buscando soluções inovadoras para acompanhar os modelos utilizados nos principais centros esportivos globais e potencializar a utilização das estruturas estabelecidas na construção dessas novas arenas.
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Na Inglaterra, o Manchester City divulgou recentemente a implementação de uma plataforma de inteligência artificial capaz de gerenciar o público presente em seus jogos. A ação promete otimizar o tráfego dos torcedores dentro das dependências do Etihad Stadium.
Em um recorte nacional, o Goiás foi pioneiro na implementação do reconhecimento facial em toda a América do Sul. Após colocar a tecnologia em prática em outubro do ano passado, o clube aprovou os resultados atingidos e irá adotá-la de maneira definitiva em seus jogos no Serrinha - primeiro estádio do Brasil a usar o método para 100% do público presente.
- Estamos sempre em busca de melhorias que possam tornar a ida do torcedor ao estádio mais tranquila, segura e confortável. Nesse sentido, decidimos implementar o reconhecimento facial no ano passado, por entender que é um projeto que traz muito mais segurança para os torcedores irem aos jogos com suas famílias. O sistema funcionou bem e agora, em 2023, ele já é uma realidade consolidada, sendo usado em todas as nossas partidas no estádio Hailé Pinheiro - destacou Paulo Rogério Pinheiro, Presidente do Goiás.
No Beira-Rio, estádio que foi palco da Copa do Mundo de 2014, o Internacional também aderiu a soluções tecnológicas para aumentar a eficiência das operações.
- Buscamos constantemente proporcionar novas experiências aos torcedores. Apresentamos um universo que engloba o acesso ao estádio, carteirinha, compra de ingressos, plataforma para realização de check-in, etc. Queremos transformar essas iniciativas em vantagens para os colorados, principalmente em relação a fatores como conforto e segurança - explicou Victor Grunberg, Vice-presidente de Administração e Patrimônio do Internacional.
- A implementação de tecnologias como essas tende a contribuir para um maior conforto dos torcedores, já que irão facilitar a entrada e as ações nas dependências dos estádios. Além disso, o reconhecimento facial também é eficaz em relação à segurança, uma vez que permite a identificação de infratores. Atos de racismo poderão ser punidos e as ações de cambistas evitadas - destacou Fernando Patara, cofundador e Head de Inovação do Arena Hub, principal centro de fomento à inovação no esporte, entretenimento e na mídia da América Latina.
Já a Arena MRV, do Atlético-MG, planejada para ser a mais tecnológica da América Latina e com inauguração prevista para este ano, contará com um “super aplicativo”. Nele, o torcedor poderá comprar ingressos, comidas, bebidas, entre outras vantagens. Uma rede Wi-Fi de livre acesso e o aluguel de carregadores portáteis também serão novidades. O estádio ainda prevê, também, a implementação do reconhecimento facial.
Explorar a multifuncionalidade das arenas foi outra solução encontrada pelos clubes para não só ampliar as experiências dos torcedores, mas também aumentar as receitas. A quantidade de bares, restaurantes, camarotes e até mesmo lojas e quiosques com produtos oficiais também aumentou. Shows e eventos interativos são outros exemplos de ativações que vêm sendo adotadas pelos clubes pela valorização do conceito de matchday.
- As arenas são um sonho para os clubes, pois apresentam novas possibilidades de arrecadação. Camarotes, restaurantes, eventos e shows transformam-se em ativos que, além de proporcionar momentos únicos aos torcedores, são um novo dinheiro que entra no caixa, reforçando o clube em um todo - comenta Pedro Melo, Executivo Comercial do Atlético.