Com choro e agradecimento especial do pai, Matheus Costa, de apenas 30 anos, comanda acesso do Paraná

Torcedor do Paraná Clube, treinador foi o responsável por garantir o retorno à elite depois de dez anos na Série B. Com contrato até o fim do ano, ele pretende permanecer em 2018

imagem camera(Foto: Pei Fon/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/11/2017
15:06
Atualizado em 24/11/2017
07:00
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O Paraná Clube garantiu o retorno à Primeira Divisão no último sábado, ao vencer o CRB por 1 a 0, em Maceió. A festa que começou ainda no gramado do Rei Pelé e se estendeu até a chegada do elenco em Curitiba, no dia seguinte, teve um torcedor especial: Niel Ferreira da Costa, de 63 anos.

Ele é pai de Matheus Costa, treinador e torcedor do Paraná, responsável por recolocar o clube na elite após dez anos seguidos na Série B. Aos 30 anos, o técnico ligou para Niel logo depois do triunfo, mas pouco conseguiu falar:

- Liguei para ele após o jogo. Ele chorava tanto que eu não entendia uma palavra. Só chorava e agradecia. Foi muito sofrido e a torcida do Paraná nos apoiou o tempo inteiro. Ele é mais um desses torcedores - disse o comandante paranista, ao LANCE!.

O apoio da torcida a que se refere Matheus deu mesmo resultado. O time é o melhor mandante da Série B (com 81,4% de aproveitamento) e encerra a participação no torneio neste sábado, às 17h30 contra o Boa Esporte, no Couto Pereira. A despedida será com casa cheia e uma vitória fará com que a equipe termine o segundo turno com a melhor campanha.

"A profissionalização do futebol brasileiro quebrou paradigmas. Por isso hoje temos Fábio Carille, Jair Ventura, Zé Ricardo" 

Formado em educação física e pós-graduado em futebol, Matheus Costa passou jogou futsal pelo Paraná durante seis anos e até tentou carreira no campo, mas desistiu. Apesar da pouca idade, ele passou por Atlético-PR, Coritiba, Internacional e Fluminense, antes de retornar ao clube do coração no fim do ano passado, mas agora não mais como atleta.

- O Levir Culpi me deu oportunidade para ser auxiliar do profissional no Fluminense, no ano passado. Mantenho contato semanalmente com ele e depois do acesso o Levir ligou para me parabenizar - comenta.

Além da admiração por Levir, Matheus cita outros técnicos importantes como Caio Júnior, responsável por levar o Paraná à Libertadores de 2007, e Geninho, treinador na boa campanha paranista na Copa João Havelange, em 2000.

- O Caio Júnior sempre foi uma referência. A estratégia, como montava a equipe. Tive o prazer de conhecer a família neste ano e passei o respeito e a admiração que tenho por ele. O Paraná lançou grandes treinadores como Cuca, Geninho, Levir Culpi.

Mas as referências para o trabalho também são internacionais. Atento ao futebol pelo mundo, o técnico procura aprender com treinadores renomados:

- Guardiola é uma referência, assim como José Mourinho, Marcelo Bielsa e Antonio Conte. Procuro observar como jogam com e sem a posse de bola. Pegar alguma situação de transição. Acompanho o Campeonato Alemão. As jogadas defensivas do italianos, além de equipes do Real Madrid e Barcelona. 

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