Com chuva ou Sol, está difícil ver gol de Fla ou Flu no ‘Flacaemflu’

Trinta mil testemunhas acompanharam a segunda edição do tradicional clássico carioca em São Paulo... Que terminou sem bola na rede (de novo) 

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Flamengo e Fluminense levaram 74 anos para voltarem ao Pacaembu, mas as únicas coisas que mudaram de 1942 para 2016 foram o clima, o público, os jogadores e a competição. Neste domingo, pela segunda rodada da Taça Guanabara, os rivais repetiram o empate sem gols da primeira vez.

No ano em que os noticiários sobre a Segunda Guerra Mundial tomavam conta dos jornais, a data prevista para o duelo, que valia pelo Torneio Quinela de Ouro - uma versão do Rio-São Paulo com apenas cinco equipes (Corinthians, Palestra - hoje, Palmeiras -, São Paulo e os dois cariocas), era 11 de março. Mas um temporal adiou a partida para o dia seguinte.

O empecilho da noite anterior não desapareceu. Só que o regulamento do certame determinava a realização do confronto sem novas remarcações. Assim, rubro-negros e tricolores foram a campo debaixo de muita água. Segundo relatos, não havia ambiente para jogo e o espetáculo foi nitidamente prejudicado.

Neste domingo, no mesmo local, as condições climáticas eram bem diferentes: 22°C. E o sol dava as caras, embora um pouco tímido. Contudo, se algum (jovem) torcedor que esteve presente naquela época teve o privilégio de retornar ao Paulo Machado de Cavalho, este não deve ter visto muita diferença na qualidade do futebol.

Com poucas chances claras de bola na rede e raros brilhantismos individuais, o segundo Fla-Flu no palco paulistano (apelidado temporariamente de "Flacaemflu") frustrou os torcedores.

Por falar nas testemunhas, de tudo, este sim parece ter sido o grande saldo positivo do dia. Ao todo, 30.188 (sendo 28.727 pagantes) pessoas acompanharam o encontro. Uma renda de R$ 1.374,375,00.

Se os números teimarem em se repetir, o vermelho, o preto, o verde, o grená e o branco só serão vistos novamente em "Sampa" em 2090, E o resultado do jogo... Não precisa nem dizer. Vai ter grito de gol preso na garganta por mais sete décadas e quatro anos. Que os Fredes e os Guerreiros de lá não permitam o "Vale a Pena Ver de Novo" 2.

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