Concessionária diz que fez ‘novo esforço’ para se manter no Maracanã

Carta foi entregue à Casa Civil do Rio de Janeiro em mais um passo da negociação

imagem camera(Foto: AFP/Heuler Andrey)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 27/06/2016
17:11
Atualizado em 27/06/2016
18:03
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Apesar do cenário ser de pouco otimismo em relação à continuidade do contrato de concessão do Maracanã, a concessionária que administra o estádio informou nesta segunda-feira, através de nota, que ainda não jogou a toalha na negociação com o governo do Rio - que passa por profunda crise financeira.

No texto, a concessionária - que tem a Odebrecht como acionista majoritária - informou que "entregou uma carta à Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, no dia 16 de junho de 2016, como um novo esforço de negociação para a busca do reequilíbrio do contrato".

Ainda em nota, a concessionária "reforça que tem feito um trabalho contínuo para reduzir os custos fixos, minimizar os prejuízos operacionais e se adequar aos impactos da alteração unilateral do contrato de concessão e aos períodos de interrupção da operação como na Copa do Mundo e Jogos Rio 2016”.

Já a assessoria da Casa Civil informou que o "Governo do Estado estuda a nova solicitação da Concessionária Maracanã objetivando uma negociação para a busca do reequilíbrio do contrato".

Faz tempo que o "casamento" da concessionária com o estádio tem sinais de desgaste. A demonstração mais clara foi dada em janeiro, quando a maior parte do staff do Maracanã foi demitido. A justificativa na época foi a preparação para entrega do estádio à Rio-2016, que aconteceu em março.

O governo do Rio, em crise profunda, não tem o menor interesse em gerir o Maracanã, que trouxe, segundo balanços financeiros, frequentes prejuízos desde a reforma para a Copa do Mundo: entre 2013 e 2015, o rombo acumulado foi de R$ 173 milhões.

Caso a negociação não dê mesmo certo, fica a expectativa para saber se haverá uma nova licitação. Flamengo, principalmente, e Fluminense já demonstraram interesse em formar uma gestão de clubes. Ao mesmo tempo, a Ferj está de olho na administração do estádio e busca uma empresa para contribuir. Um "teste" foi feito com a entidade organizando os dois jogos da final do Carioca no Maracanã.

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