A Corregedoria do STJD determinou abertura de procedimento disciplinar contra o procurador-geral do tribunal, Paulo Schmitt, após o vazamento de e-mails com conversas entre ele, o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugenio Lopes, e Marco Polo Del Nero, então vice da CBF.
O procedimento disciplinar foi consequência da solicitação feita pelo auditor Washington Rodrigues, criticado por Schmitt nos e-mails por não ter condenado o Atlético-MG pela presença de um mosaico criticando a CBF na arquibancada.
Ao mesmo tempo em que determinou a abertura do processo, o corregedor Ronaldo Piacente negou o pedido de afastamento imediato de Paulo Schmitt por não encontrar provas suficientes. Piacente ressaltou que o afastamento só poderá ser feito pelo presidente do STJD, Caio Rocha.
O procurador responsável pelo procedimento contra Schmitt será William Figueiredo, um dos sub-procuradores do STJD. Também foi dado um prazo de três dias para que Schmitt se manifeste.
Houve sessão do Pleno do STJD nesta quinta-feira, mas Paulo Schmitt não participou, sendo substituído pelo próprio Figueiredo. O presidente do STJD, Caio Rocha, está fora do país.
Schmitt também gerou desagrado entre os clubes, que assinaram nesta quinta-feira um documento no qual pedem a saída dele do cargo, em nome da "alternância de poder" e citando as polêmicas na qual o procurador-geral se envolveu. A carta tem como destinatários o presidente da CBF, Coronel Nunes, e o presidente do STJD, Caio Rocha, mas ainda não foi remetida.