Crise hídrica causa ‘seca’ de futebol para dois clubes potiguares
Sem recursos financeiros de suas respectivas prefeituras, Coríntians de Caicó e Santa Cruz desistem de montar equipes para disputar a elite do Estadual nesta temporada
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A edição de 2016 do Campeonato Potiguar, que começa neste sábado, também traz algumas histórias com desfechos amargos. Enquanto a falta de jogadores comprometeu a preparação do Alecrim para o Potiguar, a seca que assola o Rio Grande do Norte custou caro a dois clubes.
Como as respectivas prefeituras deixaram de lado o futebol para priorizar o investimento em recursos hídricos, Coríntians e Santa Cruz não tiveram condições de montar equipes.
A situação do Coríntians, campeão potiguar de 2001, tem requintes de dramaticidade. A equipe de Caicó, havia escapado do rebaixamento em 2015 por pouco, ao conseguir sua única vitória em 11 partidas (2 a 0 sobre o Força e Luz) no jogo decisivo do duelo. Porém, depois de desistir em dezembro da sua participação, o clube viu voltar a chover na região às vésperas do Estadual:
- Eu estou feliz por este lado. Voltou a chover e o rio Seridó está enchendo. Lamento que não tenha chegado mais cedo, a ponto de ajudar o Coríntians a ter investimento da Prefeitura de Caicó, e precisamos desistir mesmo com a tabela já divulgada - declarou o presidente do Coríntians, Raimundo Lobão, ao LANCE!.
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Com disputa da Segundona - para a qual os clubes que desistem da elite do Estadual caem automaticamente - prevista para o segundo semestre, o dirigente diz que o Galo do Seridó deve voltar suas atenções para as categorias de base:
- A gente está com um investimento na base, e deve fortalecer isto para a competição. Caso apareça algum patrocinador, ou a Prefeitura de Caicó tenha condições de investir, vamos conversar.
O presidente do Santa Cruz, Luiz Antônio Tomba, tem um tom mais pessimista. Ao LANCE!, o dirigente não descartou que o Gavião de Trairi fique sem uma equipe de futebol nesta temporada:
- A gente não tinha onde buscar. O povo precisava de água para beber, a Prefeitura tinha que investir em controlar a seca. Além disto, o aumento da crise financeira não permitiu que os patrocinadores de Santa Cruz nos ajudassem. Pensamos até em não investir mais no futebol profissional neste ano.
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