O período natalino nos últimos anos não tem sido tão bom para Marco Polo Del Nero. Já contando com o de 2017, o dirigente alcançará a marca de passar o Natal de dois dos últimos três anos fora do comando da CBF. E isso se deve a consequências da denúncia de envolvimento no esquema de recebimento de propina na negociação dos direitos de transmissão das competições sul-americanas.
Se agora Del Nero recebeu uma suspensão de 90 dias imposta pelo Comitê de Ética da Fifa, em 2015 ele estava de licença, tirada logo após a segunda leva de prisões de dirigente da Conmebol e da Concacaf, efetuada na Suíça, em colaboração com as autoridades dos Estados Unidos.
Em 2015, quem presidiu a CBF no Natal foi Marcus Vicente, deputado federal capixaba que é um dos vices da entidade. À época, o vice mais velho da entidade era Delfim Peixoto, que morreria cerca de um ano depois no acidente com o avião da Chapecoense. Mas Del Nero "driblou" o desafeto com a licença, tendo a prerrogativa de escolher o substituto.
Agora, quem assume é o Coronel Nunes, eleito vice justamente durante a primeira licença de Marco Polo. No mês de janeiro de 2016, ele substituiu Vicente como presidente interino da CBF.
Marco Polo Del Nero não coloca o pé para fora do território brasileiro desde maio de 2015, quando estourou o escândalo de corrupção e José Maria Marin, antecessor na CBF, foi preso.