Em apuração ocorrida nesta terça-feira (26), a Mancha Verde conquistou o bicampeonato do Carnaval de São Paulo. Com o enredo 'Planeta Água', que falou sobre a importância da preservação e valorização do recurso natural, a escola associada à maior torcida organizada do Palmeiras repetiu o feito de 2019 e levou o título da folia paulistana.
>> GALERIA: O esporte no samba: lembre quem já foi reverenciado no Carnaval
Vice-campeã do Carnaval em 2020, último ano da folia antes da pausa forçada pela pandemia do Covid-19, a Mancha Verde honra mais uma vez os altos investimentos recebidos da patrocinadora Crefisa por meio da Lei Rouanet. Inclusive, foi o último ano de bonança, pois a agremiação rompeu oficialmente com Leila Pereira, agora presidente do time alviverde.
A Mancha chega ao seu bicampeonato após dar um susto em seus integrantes no início do desfile na última sexta-feira (22), quando uma alegoria do carro abre-alas teve problemas, o braço de uma escultura quebrou e precisou de agilidade da escola para encontrar uma solução e atrasou o início do desfile em cerca de cinco minutos.
Para Paulo Serdan, presidente da escola, o problema não foi tão grande quanto o noticiado.
- Não saímos com atraso. Isso foram vocês (jornalistas) que falaram. A gente cumpriu o regulamento. Se eu quiser largar a escola com 60 minutos, eu posso. A gente só mudou a estratégia.
O dirigente declarou que o segundo título da agremiação palmeirense coroa o trabalho iniciado há quatro anos, quando conseguiu o patrocínio da Crefisa.
- O nosso diferencial foi conseguir com o recurso disponível trabalhar desde 2020. A gente conseguiu manter os funcionários recebendo, trabalhando. E quando tem amor, carinho, dá resultado. Quando teve o problema no braço da escultura, corremos e desdobramos para resolver o problema.
O desempenho da Mancha Verde na apuração foi plenamente satisfatório. A escola perdeu apenas um décimo de ponto, no segundo quesito avaliado, de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. E seguiu em uma disputa nota a nota com Mocidade Alegre, Tom Maior e Império da Casa Verde, terminando empatada com as concorrentes, mas tendo vantagem nos critérios de desempate.
- É uma mistura de sentimentos. A gente perdeu o título em 2020 na nota de comissão de frente e ganhamos o título esse ano na comissão de frente. O que eu cobrei eles foi absurdo - disse.
As outras duas escolas ligadas à torcidas organizadas no Grupo Especial do Carnaval tiveram desempenho mediano. Dragões da Real e Gaviões da Fiel ficaram em sétimo e oitavo lugares, respectivamente, e estão fora do Desfile das Campeãs, que acontece no próximo final de semana.
Confira a classificação final do Carnaval de São Paulo:
1 - Mancha - 269,9
2 - Mocidade - 269,9
3 - Império da Casa Verde - 269,9
4 - Tom Maior - 269,9
5 - Unidos da Vila Maria - 269,8
6 - Águia de Ouro - 269,8
7 - Dragões da real - 269,6
8 - Gaviões da Fiel - 269,5
9 - Rosas de Ouro - 269,5
10 - Barroca Zona Sul - 269,5
11 - Tucuruvi - 269,4
12 - Tatuapé - 269,3
13 - Colorado do Brás - 269,1 (rebaixada)
14 - Vai-Vai - 269,1 (rebaixada)