Ednaldo discorda de teor de carta da Conmebol subscrita pela própria CBF
Caso tem a ver com atuação da confederação sul-americana contra o racismo

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Duas horas após a Conmebol divulgar uma carta em que as dez associações-membros, incluindo a CBF, reconheciam que o combate ao racismo por parte da confederação sul-americana “está em linha com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes Ligas, Confederações e Fifa”, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, remeteu um ofício à Conmebol discordando do teor do documento.
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A presença da assinatura da CBF na carta da Conmebol causou estranheza porque, na segunda-feira, a CBF boicotou o sorteio da Libertadores em protesto contra a atuação da entidade nos casos de racismo em competições sul-americanas.
Mas, segundo Ednaldo, a carta da Conmebol foi subscrita pela assessoria de gabinete da CBF, uma vez que ele está em Brasília para o jogo da Seleção Brasileira com a Colômbia. Assim, o presidente da CBF alega que não tinha conhecimento do inteiro teor do documento.
“A CBF discorda veementemente da atuação da Conmebol nos casos de racismos e muito menos que a entidade esteja em conformidade com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes Ligas, Confederações e Fifa, uma vez que não somente não foi adotado o Protocolo Anti-Racismo determinado pela Fifa na partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, válida pela Conmebol Libertadores Sub20, na qual os atletas brasileiros Luighi e Figueiredo foram vítimas do crime de racismo, como também foi aplicada uma sanção inócua, ineficaz e insuficiente diante da gravidade do evento, dos danos irreparáveis causados aos atletas e a reincidência do clube paraguaio”, diz o ofício assinado por Ednaldo Rodrigues, ao qual o Lance! teve acesso.
Ofício de Ednaldo diz que Conmebol 'se omitiu' no caso envolvendo Luighi
“Diante deste fato, é importante ressaltar que a CBF, no exercício de suas prerrogativas enquanto associação membro filiada, fez uma denúncia à unidade disciplinar da Conmebol, na qual requereu a exclusão do clube na supracitada competição, bem como a identificação e detenção do autor do crime. A Conmebol, porém, omitiu-se, o que ensejou a comunicação do fato em tela à Fifa, solicitando o acompanhamento do caso a fim de garantir a aplicação do seu protocolo antirracismo global”, acrescenta o ofício.
Além da defesa da atuação da Conmebol nos casos de racismo, a carta divulgada pela confederação sul-americana mais cedo informa que representantes das dez associações-membros, além dos embaixadores dos países, irão se reunir em 27 de março “para debater a luta contra o racismo, a discriminação e a violência”. Sobre isso, Ednaldo Rodrigues confirmou presença.

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