Marco Polo Del Nero está suspenso pela Fifa de suas funções como dirigente, mas está mais ativo do que nunca nos porões do futebol. Com o apoio das federações que comem em suas mãos, e serão recompensadas com viagens à Copa do Mundo na Rússia com despesas pagas, ele articulou a sucessão presidencial da CBF com chapa única, encabeçada por Rogério Caboclo, atual diretor executivo de gestão da entidade. Como possivelmente seguirá afastado de cargos ligados ao futebol e não poderá viajar para o exterior para não correr risco de ser preso, Del Nero se mexeu para seguir indiretamente no poder. E os clubes, como ficam nessa? Bem, os clubes... Mesmo que haja rejeição ao nome de Caboclo, um ou outro até se manifestaria, mas dificilmente se mexeria para, por exemplo, apoiar um candidato de oposição - o que já não é mais possível graças aos meandros de Marco Polo e seus aliados. Quem falou em "golpe sujo" foi Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, que pode até estar certo nos argumentos, mas talvez não seja o porta-voz mais adequado para a questão, já que preferiu implodir o Clube dos 13 ao invés de ajudar a devolver o papel de protagonista ao finado grupo, além de ter exercido a função de diretor de seleções da CBF no fim da gestão Ricardo Teixeira e ter dado apoio a Del Nero e José Maria Marin quando lhe foi conveniente.
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