Não há injustiça na demissão de Fernando Diniz como técnico do Fluminense. A derrota no Maracanã para o CSA só ratificou a fragilidade de um time com boas ideias, muita posse de bola e finalizações por jogo, mas que peca na organização e execução do esquema proposto. As experiências de Diniz na Série A do Brasileiro são terríveis. Apenas 26,9% de aproveitamento no comando de Athletico e Fluminense. Em 26 jogos, cinco míseras vitórias. Mas se as estatísticas não favorecem o treinador, comemorar sua demissão é um ato perverso e covarde. Diniz é, sim, um bom representante da nova geração de técnicos, que tem ainda gente como Fábio Carille, Roger Machado, Tiago Nunes e Rogério Ceni. Entretanto, é disparado o que coloca em prática uma estratégia mais ousada e que foge dos padrões. O problema é que o treinador nem sempre tem matéria-prima suficiente para transformar seus planos em resultados. É o caso do Fluminense, com elenco aguerrido, mas desprovido de tanta técnica. Falta ainda ao treinador uma linha mais flexível quando se depara com limitações óbvias. Não é fugir de sua identidade, e sim adaptá-la para que obtenha o sucesso por outros caminhos. Que Fernando Diniz possa reaparecer em breve. Seu incômodo é tão relevante quanto o placar final.
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