Desde que estouraram os escândalos da dinastia Teixeira-Marin-Del Nero, a CBF vem perdendo patrocinadores de peso: Gillette, Sadia, Michelin, Unimed, Samsung.e, por último, a Chevrolet, que retirou seu nome do Brasileirão deste ano. Em busca de alguns milhões a mais para custear as mordomias do poder, sua estrutura faraônica, as mesadas das federações e – é verdade – as competições que promove, a entidade acaba de assinar, como revelou a coluna De Prima, contrato com um site de apostas que já tem contrato com a Conmebol e passa a ser agora um dos apoiadores oficias da Copa do Brasil.
Não há nada de ilegal, até que se prove o contrário, num acerto como esse. Não há motivos, também, para se duvidar da lisura do Bumbet. Mas trata-se de um daqueles casos clássicos em que não basta ser correto, é preciso provar que se é. E a combinação esportes x apostas não é algo que tem trazido boas notícias nos últimos tempos. Escândalos pipocam pelo mundo e, por mais que se separe o joio do trigo, apostas, manipulação e falcatruas andam lado a lado na percepção popular. Definitivamente, portanto, essa não é das parcerias mais recomendáveis para quem é responsável por manter a credibilidade do futebol nacional ou sul-americano.