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Opinião: Falta de brilho não tira justiça da vitória da Seleção Brasileira sobre a Colômbia

Ainda que o gol salvador do Vinicius Jr tenha saído somente aos 99 minutos, o Brasil teve volume o bastante para não sair de mãos abanando

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imagem cameraJoão Paulo em atuação no confronto entre Brasil x Colômbia, pelas Eliminatórias (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
unnamed-1-aspect-ratio-1024-1024Tiago Herani
Cria Lab!
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 22/03/2025
13:17
Atualizado há 1 minutos

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O Brasil mostrou evolução e também teve bons momentos na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia. Destacar acertos e pontos positivos não impede que observemos erros e pontos a ser melhorados e faremos isso, mas não é preciso olhar tudo sobre a óptica da negatividade.

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Os primeiros 15 minutos de jogo, por exemplo, deveriam animar até os mais pessimistas. A Seleção trocou passes e avançou em campo com uma facilidade que não era vista havia muitos jogos. 

A jogada que originou o pênalti, que resultou no 1 a 0, mostra isso. A Seleção atraiu a marcação colombiana na saída de bola e achou Bruno, livre. O meio-campista quebrou a pressão adversária e avançou sozinho. Raphinha saiu da esquerda para receber por dentro, atrás dos volantes, girou e percebeu Vinícius Júnior infiltrado e fez um passe magistral. 

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Borre, Vini Jr e Richard Rios em Brasil x Colômbia. (foto: EVARISTO SA / AFP)
Borre, Vini Jr e Richard Rios em Brasil x Colômbia. (foto: EVARISTO SA / AFP)

Com saída de bola qualificada, Brasil evolui

Uma singela mudança no desenho tático também influenciou nesse bom começo. A Seleção quase sempre partia de um 4-4-2, com uma linha de campo formada, da esquerda para direita, por Raphinha, Bruno, Gerson e Rodrygo, e uma dupla de ataque composta por Vinícius Jr e João Pedro. 

As constantes trocas de posições entre Raphinha, Rodrygo e Vinicius, ora por dentro, ora por fora, confundiam a marcação colombiana, que demorou para se ajustar. Para aproveitar os espaços deixados nos corredores nessas trocas, os laterais se posicionavam ligeiramente mais avançados. 

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Ao contrário do que foi executado nas últimas 14 partidas do Dorival, a saída de bola não era feita prendendo um lateral ao lado dos zagueiros e liberando outro, jogos em que Danilo se juntou a dupla de defensires para fazer a “saída de 3”. 

Dessa vez, os dois laterais permaneciam abertos e os volantes eram quem se aproximavam mais. No jargão tático, isso é chamado de “saída sustentada”, feita com auxílio de mais jogadores. 

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Independentemente da nomenclatura, o importante é entender que ela foi mais eficaz, principalmente pela qualidade que Bruno e Gerson agregaram atrás. Quando o flamenguista, lesionado, deu lugar a Joeliton, o Brasil sentiu a troca. 

Depois de um começo intenso e já em vantagem, a Seleção baixou as linhas. E, o que parecia ser um respiro, a Colômbia assumiu o domínio. Faltou coordenação na marcação dos atacantes brasileiros: o time de Dorival não conseguiu mais subir a pressão e encurralar os rivais. 

Quando a Seleção, momentaneamente, retomava a posse da bola, era vencida por uma forte pressão adversária. A Colômbia ficou com a bola dos 20 aos 40 minutos e, ainda que não tenha construído uma chance clara, cansou a marcação brasileira. 

O gol de empate saiu de um lance que parecia controlado. A desatenção do Joelinton, ainda frio na partida, custou caro. E os últimos minutos da primeira etapa foram de sufoco. 

Luis Díaz comemora seu gol no jogo da Colômbia contra o Brasil
Luis Díaz comemora gol de empate da Colômbia contra o Brasil. (Foto: EVARISTO SA / AFP)

Depois de um início de segundo tempo picotado em faltas e alternâncias de posse, a melhora efetiva da Seleção Brasileira veio apenas com as substituições quádruplas, aos 78 minutos de jogo, após a grande paralisação por concussão de Alisson e Davinson Sánchez. 

Savinho e Wesley deram outra cara ao corredor direito com muito mais associações e tabelinhas. Matheus Cunha deu mais dinâmica e fez ótima dupla com Vinícius Jr. André foi muito seguro ao substituir o pendurado Bruno Guimarães. 

A partir daí, a Seleção teve mais volume, chegou mais à área adversária, mas falhou no último passe ou na finalização das jogadas. 

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Para a Colômbia, restou aumentar o número de faltas, chegando a 24 no final da partida. Somando às 15 do Brasil, essa foi a segunda partida com o maior número de faltas na “Era Dorival”, ficando atrás apenas de Brasil x Uruguai, pelas quartas de final da Copa América 2024. 

E a vitória veio em uma falta. Em uma cobrança rápida, Raphinha achou Vinicius Jr com espaço na ponta. O atacante do Barcelona infiltrou por dentro e chamou a marcação de três adversários, abrindo espaço para o companheiro cortar para dentro e arriscar de fora. A bola teve um desvio matador, é verdade, mas coroou a iniciativa de Vini. 

Se a bola não entrasse e a virada não acontecesse, seria mais uma partida em que o Brasil criou mais e finalizou mais que o adversário, mas não foi decisivo no momento necessário. Dessa vez, foi e isso preciso ser valorizado.

Contra a Argentina, na terça-feira, espero ver novamente o Brasil funcionando melhor no ataque e na saída de bola, mas sem abdicar do controle do jogo e sem dar brecha ao azar. 

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