A Federação Nacional de Atletas Profissionais do Futebol (Fenapaf) divulgou neste domingo uma campanha para que a categoria tenha acesso ao benefício de R$ 600 que o governo disponibiliza durante a pandemia do novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro incluiu na lista de vetos ao auxílio emergencial no mês passado atletas e profissionais ligados ao esporte.
O vídeo que dura cerca de um minuto mescla jogadores de clubes de ponta, como o volante Felipe Melo, do Palmeiras, o meia Diego, do Flamengo, o zagueiro Digão, do Fluminense, e o goleiro Everson, do Santos e atletas que defendem equipes de menor projeção no país.
Além de recordar que há 24 mil atletas em atividade no Brasil, no vídeo é dito que os grandes salários e os contratos para uma temporada são restritos a uma minoria da categoria. Diego, capitão do Flamengo, é um dos que apontam o contraste financeiro durante o vídeo:
"Você pensa em atletas como eu, conhecidos, somos 4% da categoria", disse.
Em seguida, Mario Cesar, que atua no Real Ariquemes-RO, detalha:
"Mas não pensa em mim, porque não me conhece".
O gringo D'Alessandro, do Internacional, também destaca:
- Eu tenho contrato longo e calendário para toda temporada. Somos apenas 8%.
Outros jogadores, como Magnum, do Amazonas, detalham que atletas ganham em média "menos que três salários mínimos por mês". Alex Dida, goleiro do Atlético Acreano, ressalta.
- Este auxílio para mim não é privilégio, é sobrevivência - disse.
Após os jogadores de clubes de ponta falarem "não é para mim", o vídeo corta para atletas que atuam em equipes modestas, que completam com "é para nós".
Veja o vídeo abaixo: