Gaciba condena ação do VAR em Corinthians x Grêmio, mas critica ‘punição pública’ da CBF

Ex-árbitro dá opinião sobre não marcação de pênalti para o Tricolor Gaúcho

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O ex-árbitro e comentarista Leonardo Gaciba condenou a ação do VAR do jogo Corinthians x Grêmio ao não indicar a marcação de um pênalti no toque de mão feito por Yuri Alberto. 

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Em conversa ao Lance!, o antigo chefe de arbitragem da CBF rebateu todas as alegações da equipe de vídeo do duelo na análise do momento.

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- A interpretação do árbitro de vídeo é completamente equivocada. Ele diz que o jogador não está em uma ação de bloqueio, o que não é verdade. Em segundo lugar, ele diz que é uma ação de disputa em uma ação natural do jogo, mas nunca que aquilo é uma posição natural do braço no jogo. A interpretação é completamente equivocada - disse o ex-árbitro.

Apesar de também encarar a conduta do árbitro como errada, Gaciba pontuou a causa motivadora do erro do árbitro.

- O árbitro central tem um erro de colocação. Dentro deste erro, a narração dele não colaborou para o trabalho da equipe como um todo. Seria bem melhor se ele falasse que não enxergou onde a bola bateu. Me parece pelas imagens que ele estava com o corpo do jogador encobrindo a visão dele - relatou o chefe de arbitragem da CBF entre 2019 e 2021.

Lance do toque de mão na bola (Foto: Reprodução / CBF)

PUNIÇÃO PELO ERRO

Por fim, Gaciba teceu seu comentário sobre a punição recebida pelos membros do VAR, que foram afastados de sua função para passar por uma “reciclagem”. Cordial com a penalidade, o ex-árbitro afirmou não gostar que a ação da CBF tenha sido externada.

- Em primeiro lugar, eu fui diretor de árbitros. Eu não gosto da punição pública. Me parece uma coisa de ‘jogar para a torcida”. Eu puni muitos árbitros e tirei muitos de escala, mas não faria isso publicamente, que é como os clubes e as empresas procedem, as punições são feitas de forma interna. Me parece ’jogar para a torcida’, tipo “nós acertamos, fizemos um processo ótimo e eles erram”. Para mim, essa não é a solução. Não acho isso correto. Pelo menos essa não é a minha postura - concluiu o comentarista.

* Gabriel Teles colaborou sob supervisão de Sidney Daguano

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