Goleiro que sofreu gol de Wendell Lira diz: ‘Do Messi foi mais bonito’
Márcio estava na meta do Atlético-GO quando sofreu o gol mais bonito de 2015. Goleiro conta que reencontrou autor do gol por uma vez, em torneio de pôquer
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Nenhum goleiro gosta de sofrer gols. Essa é uma das máximas do futebol. Mas há casos únicos. Márcio está feliz de ter sofrido o gol mais bonito do mundo em 2015. O arqueiro de 34 anos estava na meta do Atlético Goianiense no jogo em que Wendell Lira marcou o golaço de bicicleta, considerado o mais bonito de 2015 pela Fifa.
- Nunca tive essa sensação de estar feliz por ter tomado um gol. Foi a primeira vez, novidade. De coração, estou feliz. Está ajudando muito o garoto. Tomei o gol mais bonito do mundo. Claro que vai existir zoação, sou bem tranquilo em relação a isso. Ainda bem que não foi um frango - afirma Márcio, em entrevista ao LANCE!, minutos depois de Wendell Lira ter conquistado o prêmio.
O goleiro de 34 anos, famoso por marcar gols de falta e de pênalti, estava treinando enquanto ocorria a premiação na sede da Fifa, na Suíça, nesta segunda-feira. Quando acabou a atividade do Atlético-GO, Márcio descobriu através dos colegas que havia sofrido o gol mais bonito de 2015.
- Quando acabou o treino, o pessoal já começou a zoação. Não esperava que fosse o mais bonito. Eu, particularmente, achei o gol do Messi mais bonito, por toda a jogada. Mas ele já ganharia a Bola de Ouro mesmo. Não esperava a repercussão que teve. Eu votei a favor do Wendell no site da Fifa. Querendo ou não, estou lá. Estou feliz pelo momento do garoto, que merece. Agora vou tomar cuidado quando jogar contra ele - conta o goleiro, referindo-se ao gol de Messi, marcado contra o Athletic Bilbao, que também concorreu ao prêmio.
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O lance ocorreu em 11 de março de 2015, na partida entre Atlético Goianiense, de Márcio, e Goianésia, de Wendell Lira, pelo Campeonato Goiano. O atacante recebeu toque por cima do companheiro Da Matta e virou uma bicicleta na grande área do goleiro, que ficou batido no lance.
- No momento, foi muito rápido. Especificamente, ele teve um raciocínio e execução muito mais rápidas do que eu, que estava de frente no lance. Quando o jogador deu o passe para ele, saí do gol para diminuir o espaço. Pensei que ele viraria para chutar e eu roubaria a bola. Ele foi astuto e me pegou de surpresa. A minha visão do gol foi essa. Vi que foi um gol bonito, meio voleio, bicicleta, mas não achei que seria para tanto - descreve Márcio.
E o goleiro jura que não foi o mais bonito sofrido por ele até hoje.
- Eu, particularmente, já tomei mais bonitos. Como vou dizer que não foi sendo que mais de um milhão de pessoas votaram no gol dele? Tem que dizer que foi. Como é que vou contrariar mais de um milhão de pessoas?
Desde o gol sofrido, o goleiro e o atacante se reencontraram apenas uma vez. Ambos gostam de jogar torneios de pôquer e se cruzaram em um dos eventos ocorridos na Federação Goiana do esporte.
- Ele joga onde eu jogo. Coincidentemente, a gente se encontrou. Conversamos um pouco sobre o lance. Foi a única vez. Ainda não jogamos pôquer juntos, mas quando jogarmos, já prometi para ele que vou dar um all-in para empatar o que ele fez comigo - promete Márcio, sob risos.
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