Um torcedor do Brusque foi identificado e preso pela Polícia Militar de Santa Catarina, acusado de racismo contra o goleiro Caíque, do Criciúma. O episódio aconteceu na noite deste sábado (8), durante o confronto entre as equipes e que terminou empatado em 1 a 1, no Estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC).
- Críticas ao meu trabalho, como ser chamado de goleiro ruim, eu aceito. Isso faz parte do futebol. Mas racismo, não. Tenho orgulho de ser negro e não tolerarei isso - desabafou o goleiro Caíque, após o jogo, sobre o episódio de racismo.
Goleiro Caíque vai à delegacia registrar BO de racismo
O Criciúma informou, através da assessoria de imprensa do clube, que o goleiro Caíque esteve na delegacia de Brusque, às 22h51m de sábado (8), para registrar o Boletim de Ocorrência (BO) de racismo.
Na delegacia de polícia de Brusque (SC), Caíque estava acompanhado por Tiago Neoti, supervisor de futebol do Criciúma. Nas redes sociais, o clube fez duas publicações: a primeira, em solidariedade ao jogador; logo em seguida, publicou uma nota de repúdio.
Não foi o primeiro caso de racismo enfrentado pelo goleiro Caíque. Quando ainda jogava pelo Ypiranga, de Erechim (RS), em 2023, ele foi vítima de racismo na partida contra o Altos (PI), pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Na ocasião, Caíque se manifestou: "Toda vez que ouvia esse tipo de comentário, eu ficava em silêncio, mas acho que precisamos começar a falar. Isso mancha o espetáculo."
Com a bola rolando, antes de o goleiro Caíque sofrer com racismo no Estádio Augusto Bauer, o Brusque saiu na frente. Rodolfo Potiguar marcou aos 26 minutos do primeiro tempo. O Criciúma empatou nos acréscimos. Marcelo Hermes acertou um belo chute de fora da área, aos 47 do segundo tempo.
Com o empate de 1 a 1, o Criciúma manteve a liderança do Campeonato Catarinense, agora com 13 pontos em 7 jogos. O Brusque está em sexto lugar, com 10 pontos em 8 partidas.