Um movimento de instituições e pessoas envolvidas com o futebol está articulando uma forma para evitar que os aliados de Marco Polo Del Nero consigam colocar mais um dirigente do grupo na linha de sucessão da CBF, aumentando a lista que já tem, além do próprio Del Nero, Ricardo Teixeira e José Maria Marin.
A primeira alternativa cogitada foi tentar viabilizar a candidatura à vice-presidência do empresário Abílio Diniz, mas nesta sexta-feira, a poucas horas do fim do prazo para registro no pleito da CBF - que é 19h. O grupo desistiu, viu que não haveria tempo possível para conseguir o apoio de oito das 27 federações estaduais, além de cinco clubes, como exige o estatuto da CBF como quantidade mínima de apoio para participação no pleito.
A estratégia agora é tentar um meio de combater a continuidade do processo eleitoral da CBF.
Em um manifesto que vem ganhando signatários, o grupo defende a renúncia coletiva da atual diretoria da CBF - o licenciado Del Nero, o presidente em exercício, Marcus Vicente, e os vices Gustavo Feijó, Fernando Sarney e Delfim Peixoto. O grupo pede ainda a mudança do estatuto da CBF, com a eliminação da cláusula de barreira, antes da convocação de nova eleição.
A tendência é que apenas o Coronel Nunes, presidente da Federação Paraense, consiga registrar candidatura para ser vice. Oito federações do Nordeste também questionam a marcação da eleição, dizendo que José Maria Marin, antes detentor do cargo, não foi devidamente retirado. A CBF alega, no entanto, que Marin enviou uma carta de renúncia e, portanto, a cadeira está vazia.