Invicto. Palavra que define com exatidão o mérito do Vasco na conquista do 24º título carioca de sua história. No Maracanã com 60 mil pessoas, o empate por 1 a 1 com o Botafogo bastou.
Gigante que possui um time acertadíssimo graças ao técnico Jorginho, a meu ver, o grande nome da campanha. Mais do que Nenê, eleito o craque do campeonato, mais do que Martin Silva, que por tantas vezes salvou a equipe, mais do que Riascos, o artilheiro que renasceu em 2016.
O nome do primeiro tempo foi o cartão amarelo. O árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro optou por mostrá-lo aos montes para não perder as rédeas da decisão. Foram sete nos 45 minutos iniciais: três para o Vasco e quatro para o Botafogo.
E não dá para dizer que a partida estava tão violenta assim. Eu a rotularia como muito intensa. Os dois times lutando demais pelos espaços, cumprindo taticamente as exigências de Jorginho e Ricardo Gomes. E os jogadores não fugindo dos choques, dos contatos físicos. O exagero de intensidade ficou claro nos números de faltas: foram 27.
Transpiração de sobra. Inspiração em falta. O lance mais perigoso aconteceu apenas aos 42 minutos, quando Bruno Silva pegou um rebote. Da entrada da área, mandou um chute com muita força, obrigando defesa difícil de Martin Silva.
No intervalo, o zagueiro vascaíno Luan precisou ser substituído por Rafael Vaz, após sentir um problema muscular na panturrilha. E o placar ficou empatado com o Botafogo, que havia perdido Diogo Barbosa também por lesão. E saiu de Diego, o substituto, o passe para outro placar, o do jogo, sair da igualdade. Cruzamento perfeito para Leandrinho cabecear e fazer 1 a 0 para o Fogão, aos cinco minutos.
A festa botafoguense, porém, durou apenas cinco minutos. Rafael Vaz, o substituto de Luan, empatou, também de cabeça, após falta (que não existiu) cobrada por Nenê. Estrela de um zagueiro que já havia decidido um clássico com o Flamengo, também entrando durante o jogo.
Precisando da vitória, o esforçado Botafogo partiu para o ataque. E até que criou: Gegê teve uma chance clara aos 23 minutos, mas a bola caprichosamente tirou tinta da trave. Daí o tempo foi passando até a explosão vascaína. Merecida, diga-se de passagem!
FICHA TÉCNICA
VASCO 1 X 1 BOTAFOGO
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Juiz: Leonardo Garcia Cavaleiro
Auxiliar: Rodrigo Figueiredo Henrique e Dibert Pedrosa
Público e Renda: 53.634 pagantes / R$ 2.705.750,00
Cartões amarelos: Rodrigo, Andrezinho, Nenê e Jorge Henrique (VAS); Luis Ricardo, Diego, Bruno Silva, Leandrinho e Salgueiro (BOT)
Cartões vermelhos: -
Gols: Leandrinho 4'/2ºT (0-1) e Rafael Vaz 11'/2ºT (1-1)
VASCO: Martin Silva, Madson, Luan (Rafael Vaz - Intervalo), Rodrigo e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Julio dos Santos (Yago Pikachu - 21'/2ºT) , Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Riascos (Diguinho 46’/2ºT) - Técnico: Jorginho.
BOTAFOGO: Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson Silva e Diogo Barbosa (Diego 21’/2ºT); Bruno Silva, Rodrigo Lindoso, Leandro (Neilton 34’/2ºT), Salgueiro (Luis Henrique 15’/2ºT) e Gegê; Ribamar - Técnico: Ricardo Gomes.