A eleição de Rogério Caboclo para a presidência da CBF, que ocorreu em abril de 2018, foi anulada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (28). A decisão ocorre após o magistrado contestar a Assembleia Geral que mudou a forma de votação para a presidência de entidade, ocorrida em 2017. A informação foi divulgada pelo site "ge".
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De acordo com a sentença do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do TJRJ, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, foram nomeados para comandar a CBF por 30 dias. Neste período, a dupla terá que organizar uma nova eleição e não poderá concorrer ao cargo.
O principal motivo da decisão foi a mudança de peso dos votos da eleição, que foi realizada em 2017 pelos presidentes de federações, sem consultar os clubes da Série A. A CBF entende que a eleição não pode ser anulada porque a ação foi proposta um ano antes do pleito que teve Caboclo como único candidato. A entidade deve recorrer da decisão do juiz da 2ª Vara Cível da Barra.
A assembleia de quatro anos atrás definiu que o colégio eleitoral passasse a ter votos com peso três para os 27 presidentes das federações estaduais, peso dois para os clubes da Série A e peso 1 para os clubes da Série B. Ou seja, a totalidade de votos das federações (81) ficou superior à dos clubes das duas divisões (60).
Além de Caboclo, os oito vice-presidentes eleitos estão afastados da CBF. Apesar do estatuto da entidade prever que o diretor mais velho assuma o cargo e faça uma nova eleição em 30 dias, a Justiça decidiu convocar os presidentes do Flamengo e da Federação Paulista para ocupar o comando até novo pleito.
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A anulação da eleição é apenas mais um episódio da maior crise da história da CBF. Em maio deste ano, Caboclo foi acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade e acabou sendo afastado do cargo pela Comissão de Ética do Futebol.