O assédio nos estádios, na semana seguinte ao Dia da Mulher, ficou flagrante em São Januário. Nesta terça-feira, antes da partida entre Vasco e Universidad de Chile pela Libertadores, a repórter Bruna Dealtry, dos canais Esporte Interativo, foi assediada com um beijo por um torcedor enquanto fazia a cobertura do pré-jogo. Nas redes sociais, Bruna manifestou sua indignação. “Com certeza o rapaz não sabe o quanto eu ralei para estar ali. O quanto eu estudei e me esforcei para ter o prazer de poder contar histórias incríveis e estar em frente às câmeras mostrando tudo ao vivo. Faculdade, cursos, muitos finais de semana perdidos, muitos jogos de futebol analisados, estudo tático, técnico, pesquisas. Mas pelo simples fato de ser uma mulher no meio de uma torcida, nada disso teve valor para ele. Se achou no direito de fazer o que fez. Hoje, me sinto ainda mais triste pelo que aconteceu comigo e pelo que acontece diariamente com muitas mulheres, mas sigo em frente.” O Vasco, através de seu perfil oficial, lançou uma nota de repúdio à atitude e se mostrou à disposição para tomar providências. É pouco. Identificar o assediador é fácil. O clube pode – e é pouco provável que o faça – proibi-lo de frequentar o estádio. Mas quem tem de tomar atitude, de fato, é a polícia carioca. É o mínimo que se espera. Assédio é crime.
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