LANCE! Espresso: Botafogo e Vasco são hoje apenas vultos irreconhecíveis dentro de campo
Dupla encontra-se na posição que se acostumou a ocupar: a luta contra o rebaixamento
A grande surpresa do futebol carioca em 2020 é o Fluminense, quinto colocado do Campeonato Brasileiro graças ao bom trabalho de Odair Hellmann, que soube montar um time competitivo, liderado pelo veterano Nenê e vários jovens vindos da base. O Flamengo continua vivo na disputa, muito pela força do seu elenco, mas ainda sofre para retomar a letalidade atingida na era Jorge Jesus.
A dupla Vasco e Botafogo, por sua vez, encontra-se na posição que se acostumaram a ocupar nos últimos anos: a eterna luta contra o rebaixamento como maior meta para a temporada. Algo terrível para os torcedores, que veem ambos minguarem não só em relação ao poderoso Flamengo, mas também na comparação com clubes de outros estados.
Times que disputam o título nacional encaram como vacilo qualquer ponto perdido para Vasco e Botafogo, independentemente do mando. As sucessivas trocas de comando, decisões aleatórias, dificuldade de manter os salários em dia e batalhas nos bastidores políticos resultam num cenário de bagunça e desespero.
Com cofres vazios e elencos limitados, não há perspectiva de uma revolução. O projeto de criação da S/A do Botafogo não saiu do papel por falta de recursos; o Vasco ainda briga na Justiça para saber quem será o presidente. Em campo, apenas vultos irreconhecíveis de times conhecidos como Gigante da Colina e Glorioso. Apelidos hoje usados mais por hábito do que por mérito.
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