"Tudo equipe fracassada". Foi assim que Mauro Martins, pai e empresário de Marcelo Moreno, se referiu em fevereiro de 2013 a Palmeiras e Flamengo, que buscavam a contratação do atacante boliviano quando ainda jogava pelo Grêmio. Sete anos depois, o jogador desembarcou em Belo Horizonte para vestir pela terceira vez a camisa do Cruzeiro. Poucos universos sofrem com tantas reviravoltas quanto o futebol. A carência por ídolos, ainda mais no pior momento da história do clube, justifica a festa do torcedor. Moreno realmente parece disposto a trilhar a longa estrada após o rebaixamento, mas não chega só por amor. Seu salário estará acima do teto que o Cruzeiro traçou depois da queda e subirá ainda mais em caso de acesso. Aposta válida desde que a nova diretoria, ainda em formação, consiga arcar com seus compromissos, algo que se perdeu com os medalhões que vêm deixando a Toca da Raposa desde dezembro. Também não há como negar que Moreno não tem mais, aos 32 anos, o mercado que seu pai um dia imaginou. Flamengo e Palmeiras, hoje, são duas das três maiores forças do futebol brasileiro. A vingança pode ser uma Série B que se come fria.
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