"Essa é a grande chance que o futebol tem de se unir. De uma vez por todas". A frase é de Renato Portaluppi, ídolo e técnico do Grêmio, em um texto que fez para o 'Globoesporte.com'. É bom que um personagem relevante do futebol pense dessa forma. Mas é de se duvidar que o próprio Renato, figura esperta e que entende o esporte do qual faz parte como poucos, acredite nisso.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus apresentou, de uma forma torta, a chance de união para o futebol. Chance que já aconteceu em outros casos e situações diferentes. Sempre desperdiçadas. A Copa União, que em 1987 substituiu o Campeonato Brasileiro, era o embrião de uma liga brasileira de clubes numa época em que nem a hoje poderosa Premier League existia. A união durou pouco e que restou dela foi uma disputa infame pela posse da taça das bolinhas. A liga deu lugar ao "cada um por si".
É claro que a situação vivida no mundo hoje é gravíssima e não se compara à formação de uma liga. Mas imaginar uma profunda mudança e a união do futebol brasileiro não passa de uma utopia. Os sinais estão todos aí, claros, vindos dos cartolas. Tentativas de virada de mesa, de inchar campeonatos para aumentar vagas, volta do mata-mata. O desejo de Renato, e de todos nós, é apenas um sonho.
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