Luiz Gomes: ‘Athletico e Bragantino serão Flamengo e Palmeiras amanhã?’
Equipes medem forças na final da Copa Sul-Americana, neste sábado, no Uruguai
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Athletico e Bragantino. Quem será o campeão da Sul-Americana? O duelo deste sábado, que inicia uma semana em que o estádio Centenário de Montevidéu assume ares de Maracanã para receber as duas decisões brasileiras, deixará o título em boas mãos, qualquer que seja o placar final.
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Furacão e Braga estão incluídos entre o que de melhor surgiu no futebol tupiniquim nas últimas décadas. Os paranaenses por uma administração consistente e corajosa, que vem quebrando tabus e desafiando poderosos com resultados dentro e fora dos gramados. Os paulistas pela adoção de um modelo profissional, empresarial de gestão como deve ter de fato um clube de futebol.
A transformação do Athletico não é recente. É fruto de um trabalho de longo prazo, da paixão, da mão firme e principalmente da visão de futuro de Mário Celso Petraglia. A construção de um dos mais modernos CTs do país, a ampliação da Arena da Baixada - a única coberta, a primeira entre as grandes com grama sintética - a mudança do nome e do escudo numa arrojada jogada de marketing, a briga que resultou no rompimento com a Globo pelos direitos de TV, tudo ali tem a marca de Petraglia.
Mas, muito diferente de caudilhos e mecenas como o vascaíno Eurico Miranda, os irmãos Perrela no Cruzeiro, o santista Marcelo Teixeira, a maior obra do cartola paranaense é já ter preparado o clube, construído um modelo sólido de gestão capaz de sobreviver à sua passagem. Uma estrutura que cada vez mais distancia o rubro-negro do seu rival Coritiba, projetando o Furacão no cenário nacional, muito além das divisas estaduais.
No Bragantino, o mérito foi a ousadia de formar uma parceria com a Red Bull, deixando de lado o bairrismo e o orgulho dos amadores para embarcar num projeto milionário, promissor e de longo prazo. Uma transformação que já começa a dar resultados no mesmo rastro de sucesso que a multinacional de energéticos tem consolidado no futebol em países como a Alemanha, a Áustria e os EUA e em outras modalidades como a Fórmula 1 e os esportes radicais. Um ganha a ganha que é bom para todos os lados.
Essas duas revelações – se é que se pode falar assim - disputam a final Sul-Americana com o espírito de "quero mais". De quem quer, um dia, conquistar a América em um patamar ainda mais elevado, chegar, quem sabe, a uma outra final, a da Libertadores. Bragantino e Athletico serão o Flamengo e o Palmeiras de amanhã? É uma missão árdua, não resta dúvida disso. Mas nada é impossível quando se trata o futebol com seriedade e profissionalismo. É bom, sempre, levar isso em conta.
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