O Maracanã conseguiu reduzir despesas, mas fechou mais uma vez no vermelho em 2015. O balanço feito pela concessionária que administra o estádio revelou que houve um déficit total de R$ 47,9 milhões, sendo que no ano anterior, em 2014, o saldo negativo tinha sido de R$ 77,2 milhões.
Como em 2013, primeiro ano da gestão do novo estádio, o prejuízo foi de R$ 48,3 milhões, os três anos de exercício têm um saldo negativo acumulado de R$ 173,4 milhões.
A administração do Maracanã, que atualmente está entregue ao Comitê Olímpico Internacional para a Rio-2016, passou longe de ter um resultado operacional positivo porque as receitas tiveram um crescimento baixo em relação ao volume de gastos que ainda permaneceu em relação a 2014.
Em 2015, o Maracanã teve uma receita líquida de R$ 55,8 milhões - em 2014, foi R$ 41,7 milhões -, impulsionada pelo crescimento do valor recebido com patrocínios: R$ 11,5 milhões ano passado contra R$ 2,8 milhões em 2014.
Em relação à bilheteria, a arrecadação também cresceu de 2014 para 2015, indo de R$ 3,6 milhões para R$ 5,5 milhões. Na realização de eventos, a receita subiu de R$ 5,4 milhões para R$ 9,8 milhões.
Mas apenas o custo operacional "comeu" o valor da receita líquida praticamente por inteiro. A despesa nesse item alcançou R$ 55,1 milhões em 2015, contra R$ 82,1 milhões em 2014.
Para chegar ao prejuízo de 47,9 milhões a conta ainda teve despesas gerais e administrativas (R$ 23,2 milhões em 2015, contra R$ 19,8 milhões em 2014), além das despesas financeiras, cujo resultado foi um gasto de R$ 25,4 milhões (também houve aumento em relação a 2014, que teve R$ 17 milhões de custo neste item).
Olhando com mais detalhes o balanço, é possível ver que o Maracanã teve menos gastos com segurança, caindo de R$ 17,6 milhões para R$ 9,9 milhões. Mas o gasto com prestadores de serviço e pessoal subiu. Respectivamente, representaram uma despesa de R$ 6 milhões (em 2014, foram R$ 2,6 milhões) e R$ 8,8 milhões (no ano anterior, foram R$ 7,1 milhões).