O caso da licitação do Maracanã, que já virou novela, ganhou novo capítulo nesta segunda-feira. Flamengo e Fluminense entraram na Justiça com uma petição, rebatendo os argumentos e pedindo a extinção do mandato de segurança do Vasco da Gama. No documento, o Cruz-maltino pedia a suspensão do novo Termo de Permissão de Uso (TPU) do estádio.
Vale destacar que o TPU do Maracanã se encerra nesta semana e, na concepção do Vasco, não deve ser renovado por conta de inércia do Governo do Estado para julgar a licitação do estádio. Flamengo e Fluminense, por sua vez, afirmam que o rival não possui provas que possam cravar a negligência da Secretaria.
Em 29 páginas, os representantes de Flamengo e Fluminense comentaram que o Vasco da Gama visa lucro próprio para a 777 Partners na situação. Além disso, frisaram que o Cruz-maltino almeja causar transtornos aos atuais administradores do estádio.
"Em virtude do não preenchimento de pressuposto processual objetivo e da flagrante necessidade de dilação probatória, confia-se na extinção desse mandado de segurança, sem resolução de mérito", pede o 12º artigo do documento.
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ENTENDA MAIS SOBRE O CASO
Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama vêm travando batalha intensa nos bastidores pela licitação do Maracanã. O clube de São Januário entende que pode participar da concessão do estádio e já apresentou diversos projetos para tal, mas encontra resistência da dupla Fla-Flu. As outras duas equipes estão fechadas entre si e querem a manutenção do processo.
No entanto, ainda em março, o edital do processo de licitação foi suspenso por tempo interterminado, já que contava com alguns erros na formatação. Desde então, o Vasco da Gama tem lançado críticas ao Governo do Estado e quer que a questão seja julgada o mais rápido possível. Por enquanto, Flamengo e Fluminense seguem como administradores por meio de TPU.
E é justamente o Termo de Permissão de Uso que protagonizou a última batalha entre as equipes. O último termo se encerra nesta semana e, com o mandato de segurança, o Vasco da Gama pretendia anular a renovação automática, com intuito de acelerar o processo de licitação. No entanto, ao que tudo indica, a tentativa será frustrada.