A maneira como a CBF tem ajudado as jogadoras de futebol neste período de pandemia do novo coronavírus não passou batido em "live" realizada pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) na noite da última quarta-feira. Coodenador do futebol feminino da entidade, Marco Aurélio Cunha valorizou o suporte dado aos clubes neste momento crítico.
- Bem, a CBF deu uma base de sustentação financeira para estes três meses, ao menos por enquanto de paralisação devido à pandemia. Os clubes da Série A, que são 16, e os 36 clubes da Série A2 receberam um apoio financeiro, para que tenham a possibilidade de ressarcir suas atletas e comissão técnica - afirmou, destacando que cada agremiação recebeu R$ 150 mil de suporte.
Na "live" (na qual estiveram o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, o vice-presidente da Fisesp, Ricardo Berkiensztat e o jornalista Jairo Roizen, o coordenador da CBF também avaliou a disparidade financeira de salários entre as equipes feminina e masculina.
- O futebol feminino está sendo incentivado, a CBF ainda aposta muito no futebol feminino. Nós trabalhamos para que venha e está tendo êxito de público e mídia, tem atualmente transmissão do Campeonato Brasileiro na TV aberta. Fora as diferenças salariais pelo que um arrecada e o outro ainda não arrecada por ser um investimento, a entidade viabilizou um recurso para que as meninas não fossem desamparadas - declarou.
Cunha vê com otimismo o desenvolvimento do futebol feminino
- Quando o futebol tem nível técnico, grandes jogos, tem público. Mais de dez atletas já voltaram da Europa para o futebol brasileiro. Hoje temos rivalidades entre São Paulo e Corinthians, Palmeiras e Corinthians, Santos e Grêmio. Progressivamente, este público vai aumentando. Estamos estimulando isto por meio da televisão, e vamos fazer nossa parte. Já tivemos público de mais de dez mil pessoas na Vila Belmiro, por exemplo - afirmou.
Aos seus olhos, a técnica Pia Sundhage pode melhorar o futebol da Seleção.
- Ela tem um inglês fácil de entender, e temos jogadoras que atuam na Europa, o que facilitou o diálogo. O adiamento da Olimpíada contribuiu para aumentar o conhecimento das meninas em relação ao que ela passa. Temos tudo para a Seleção evoluir e ir bem na competição - declarou.