Marco Polo não ‘viaja’ nem ao Maracanã e aumenta ausências

Às vésperas da Copa, presidente da CBF não foi à final da Sul-Americana. Patrocinadores da Seleção mantêm otimismo sobre parceria, mas evitam falar sobre dirigente

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Não era necessário pegar um avião, usar o passaporte e tampouco deixar a cidade. E nem assim o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, apareceu para um dos eventos mais importantes em solo brasileiro na temporada, além dos jogos da Seleção: a final da Sul-Americana, entre Flamengo e Independiente, no Maracanã.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, teve ao seu lado na entrega das medalhas o presidente da AFA, Claudio Tapia, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, que representa o Brasil no Conselho da Conmebol. Na Tribuna de Honra, Fernando Sarney, vice da CBF que é membro do Conselho da Fifa, também compareceu. Mas nada de Marco Polo.

Citado por testemunhas no julgamento no EUA e alvo de acusações as quais ele nega (mas sem ser réu no processo que trata do recebimento de propina no futebol sul-americano), Del Nero não foi ao sorteio da Copa do Mundo, já perdeu duas Copas América e, ao todo, 23 partidas da Seleção Brasileira no exterior desde maio de 2015.

As missões na Fifa e na Conmebol já foram delegadas para os dirigentes citados - Reinaldo e Sarney -, mas na última nem sequer um contato pessoal com o presidente da Conmebol houve. Domínguez veio rápido ao Brasil e, logo após o jogo, embarcou para os Emirados Árabes Unidos, onde assistirá à final do Mundial de Clubes.

Com a proposta de verificar a posição dos patrocinadores da Seleção em relação ao acordo de parceria com a CBF às vésperas da Copa do Mundo, o LANCE! procurou as empresas, sem esquecer de citar a situação de Del Nero. A maioria não respondeu e, entre as que responderam, ninguém comentou a situação do presidente da CBF.

A Vivo disse que “acredita que o futebol é uma importante forma de conexão para os brasileiros e patrocinar a Seleção Brasileira de Futebol reforça o apoio ao esporte no Brasil. A Vivo patrocina a Seleção desde 2005 e, por se relacionar com mais de 100 milhões de brasileiros, acredita que a Copa do Mundo é um momento de celebração e conexão entre as pessoas: um tempo que todo mundo joga junto”.

A GOL, por sua vez, afirmou ter "como compromisso apoiar o crescimento e o desenvolvimento do esporte brasileiro. Além do patrocínio à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a companhia é a transportadora oficial da Seleção Brasileira".

Já o Itaú explicou que "há mais de 25 anos escolheu apoiar a paixão nacional pelo que representa para todos os brasileiros e por sua importância socioeconômica para o país. Sem dúvida alguma, esse sentimento aumenta, e muito, em ano de Copa do Mundo. Por esses motivos, o banco continua apostando na paixão e no valor da camisa mais vitoriosa do futebol mundial”.

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