O futebol brasileiro mantém uma relação duradoura com as polêmicas de arbitragem. O fato foi evidenciado ainda mais em um lance no clássico entre Palmeiras e São Paulo, pelas oitavas da Copa do Brasil, onde a linha de impedimento não foi traçada. No podcast ‘A Rodada’, do LANCE!, a comentarista Nadine Basttos falou sobre o lance e o que deveria ter sido feito ali.
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Na jogada em questão, a linha de impedimento não foi traçada pelo VAR para checar se a posição do atacante Calleri, no lance que deu ao Tricolor um pênalti cobrado e convertido pela equipe, era irregular ou não.
- É um erro inadmissível. É algo que não pode acontecer. Primeiro, isso é o básico do básico. Você precisa checar a origem da jogada. Aquela linha deveria ter sido traçada por conta do protocolo. É algo obrigatório. Todos nós podemos errar, mas existem erros e erros. Aquela falha foi, tipo, “onde vocês estavam com a cabeça?”.. Passou por todo mundo e ninguém viu? Para mim, esse é um tipo de erro que nem a Comissão de Arbitragem pode admitir. Não é aceitável - desabafou a ex-auxiliar de arbitragem.
Com o resultado, o time de Abel Ferreira foi eliminado da competição nacional ao perder nos pênaltis. Depois de inúmeros protestos por parte da diretoria alviverde, a CBF admitiu um erro no protocolo do VAR.
O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, afirmou, em entrevista ao "ge", que a linha de impedimento pedida pelo Palmeiras no lance, não poderia ser traçada já que ‘a máquina foi resetada’.
Ao comparar os trabalhos do atual chefe de arbitragem da entidade com o de Gaciba, antigo comandante, Nadine Basttos foi ‘direta e reta’ e disse que se trata de estratégias diferentes, com uma dando mais certo que a outra.
- O Gaciba foi um dos pioneiros na tecnologia na arbitragem. É difícil quando você começa algo. Não dá para fazer milagre. O Seneme é uma excelente pessoa. É sério e responsável, porém ele vem da comissão da Conmebol. Ou seja, ele não conhece todos os árbitros e processos da CBF. Acho que o Gaciba tinha um acesso maior e melhor. Acredito que o Seneme pegou, mais ou menos, quem ele conhecia e apostou tudo neles. Errou em não pedir ajuda e focar em apenas ‘uma panela’. Assim fica mais difícil mesmo. Não sei se existe um melhor ou pior, mas talvez a estratégia do Gaciba estivesse mais na linha certa - concluiu.