Uma noite histórica na Arena Corinthians. Daquelas para o torcedor corintiano guardar na memória por muitos e muitos anos. Deliciosa quarta-feira para os alvinegros. Até os 47 minutos do segundo tempo, o Corinthians estava eliminado e via o São Paulo festejar vaga em sua casa. Mas aí apareceu Rodriguinho, o rei, e marcou o gol da vitória por 1 a 0 que levou a decisão para os pênaltis - devolveu 1 a 0 da ida. A partir daí, só deu Timão e pelas mãos de Cássio, que defendeu duas cobranças, o sonho do bi está vivo. O Corinthians está na final do Campeonato Paulista, reeditando contra o Palmeiras uma final que não acontece desde o Estadual de 1999.
Cássio, herói da noite, defendeu as cobranças de, pasmém!, Diego Souza (ironia) e do garoto Liziero, um dos melhores do São Paulo no tempo normal. É o futebol, que escreve mais um de seus grandes capítulos. Cássio evitou que Rodriguinho, que desperdiçou sua cobrança, deixasse de brilhar. No fim, 5 a 4 nos pênaltis e Dérbi na final do Paulista. Histórico.
De quebra, o Corinthians manteve o tabu diante do São Paulo. Desde 2000, pela semifinal do Paulistão daquela temporada, que o Tricolor não consegue eliminar o Alvinegro em um mata-mata.
Oi? Nada de cumprimento
O clima do jogo de ida, com diversas confusões, prosseguiu no segundo. Bastaram oito minutos para os jogadores se estranharem. O motivo? Tréllez caiu próximo da área, e o volante Gabriel chegou chutando a bola com o jogo já paralisado. Foi o estopim para os são-paulinos irem para cima e a confusão se iniciar. Empurra-empurra, pressão da torcida, e nada de cartões. Segue o jogo.
Temperatura máxima
O jogo seguiu com várias disputadas fortes, perde e recupera dos dois lados. E com chances. Do lado tricolor, Tréllez chegou a ficar cara a cara com Cássio, mas perdeu. Militão também teve. No Corinthians, Emerson Sheik teve duas chances, mas a bola passou raspando.
Abafa no segundo tempo
As chances que teve no primeiro tempo minaram para o São Paulo no segundo. Foi um tempo de iniciativa corintiana. A pressão aumentou quando Carille abriu mão de um volante (Gabriel) e lançou o garoto Pedrinho. A bola ficou rondando a área tricolor, mas faltou efetividade e variações. O máximo que o Timão conseguiu foram cruzamentos, a maioria rasteiros. Era pouco.
Calma que não acabou
Aos 47 minutos do segundo tempo, o pensamento do São Paulo certamente era: "Hoje não, hoje não, hoje não..." Hoje sim! Após cobrança de escanteio de Clayson, Rodriguinho subiu para empurrar a bola pras redes. Logo ele, que não jogou a ida com uma contratura na coxa direita, e fez tratamento para voltar a tempo. Logo ele, que completou 30 anos na última segunda-feira. Baita presente, pra ele e pra Fiel, que comemorou após as disputas de pênaltis.
A grande final
Agora, o Corinthians encara o Palmeiras na final do Paulista. O primeiro jogo será no sábado às 16h30 noa Arena. A partida de volta está marcada para o domingo, dia 8 de abril, no Allianz Parque, onde o torcedor corintiano espera superar novamente o rival este ano e festejar o bi.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1(5)X(4)0 SÃO PAULO
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data-Hora: 28/3/2018 - 21h45
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo (SP)
Auxiliares: Anderson Jose de Moraes Coelho e Daniel Paulo Ziolli (ambos de SP)
Público/renda: 43.062 pagantes / R$ 2.603.440,11
Cartões amarelos: Rodriguinho, Caíque e Fagner (COR); Reinaldo, SIdão e Éder Militão (SPO)
Cartões vermelhos: -
Gol: Rodriguinho (47'/2ºT) (1-0)
Pênaltis: Mateus Vital (gol), Rodriguinho (perdeu), Clayson (gol), Pedrinho (gol), Maycon (gol) e Danilo (gol) (COR);
Diego Souza (perdeu), Lucas Fernandes (gol), Bruno Alves (gol), Reinaldo (gol), Éder Militão (gol) e Liziero (perdeu) (SPO)
CORINTHIANS: Cássio; Fagner (Mantuan, aos 31'/2ºT), Pedro Henrique, Henrique e Sidcley; Gabriel (Pedrinho, aos 15'/2ºT), Maycon, Matheus Vital e Rodriguinho; Emerson Sheik (Danilo, aos 36'/2ºT) e Clayson. Técnico: Fábio Carille
SÃO PAULO: Sidão; Éder Militão, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Petros, Liziero; Nenê (Lucas Fernandes, aos 19'/2ºT), Marcos Guilherme (Caíque, aos 29'/2ºT) e Tréllez (Diego Souza, aos 25'/2ºT). Técnico: Diego Aguirre