A Polícia Federal bateu na porta da família que comanda o futebol em Alagoas e tem relação estreita com a CBF. Em uma operação batizada de "Bola Fora", que investiga um esquema de caixa 2, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Gustavo Feijó, vice-presidente da CBF e prefeito de Boca da Mata, município no interior alagoano.
Em decorrência da visita policial, o filho dele, Felipe Feijó, que preside a Federação Alagoana de Futebol, acabou preso porque uma arma foi encontrada em um cofre. O porte ilegal foi configurado, mas o dirigente foi liberado após pagamento de fiança.
A "Bola Fora" é consequência dos documentos juntados no relatório da CPI do Futebol, presidida pelo senador Romário. Na ocasião, mediante a quebra dos sigilos dos e-mails do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, foi descoberta uma conversa com Gustavo Feijó na qual doações para a campanha eleitoral à prefeitura de Boca da Mata foram discutidas. Não houve registro oficial de doações da CBF à campanha de Feijó.
Segundo a Polícia Federal, o material apreendido na operação será levado à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas para análise posterior.
Feijó teve o "filme queimado" ano passado por ter usado vídeos, sem autorização, de jogadores e técnico da Seleção olímpica na página oficial de campanha. Ele foi chefe de delegação na campanha do ouro na Rio-2016.