A Prefeitura de São Paulo concedeu o Pacaembu à iniciativa privada nesta sexta-feira, após ter recebido quatro propostas diferentes em agosto de 2018. Com isso, chega ao fim o processo de privatização do estádio da capital paulista. O consórcio vencedor ofereceu mais de R$ 110 milhões para o gerenciamento do estádio e é formado pela construtura Progen, empresa de engenharia, e pelo fundo de investimentos Savona. Trata-se do "Consórcio Patrimônio SP".
Os envelopes com as propostas estavam lacrados desde agosto do ano passado e foram abertos apenas nesta sexta-feira. A privatização está autorizada pelos próximos 35 anos e fazia parte de um projeto do ex-prefeito João Doria, do PSDB. Doria deixou a prefeitura em abril do ano passado, para se candidatar ao governo. A conclusão do negócio foi feita por seu sucessor e antes vice, Bruno Covas, também do PSDB.
Além da oferta do Patrimônio SP, a Prefeitura recebeu ofertas da WTorre, empresa que administra o Allianz Parque, do Consórsio Arena Pacaembu, feito pela Universidade Brasil em parceria com o Santos, e da Construcap, empreiteira com participação no Mineirão, em Belo Horizonte.
A proposta que mais se aproximou da vencedora foi a da Arena Pacaembu, de R$ 88 milhões. Mesmo assim, ainda muito abaixo da oferta vencedora. A licitação ocorreu um dia depois do Tribunal de Contas do Município liberar o processo. Foi justamente o TCM quem brecou a evolução da licitação no ano passado, quando fez uma série de questionamentos sobre o processo.
SANTOS SE INTERESSA
O Santos, clube que mais atua no estádio, tem interesse em conversar com o consórcio vencedor para não só alinhar as ideias, mas também tentar uma espécie de parceria para os próximos anos. O clube quer jogar a maioria das partidas como mandante em São Paulo e não na Vila Belmiro, em Santos, e, por isso, entende a necessidade de se aproximar dos vencedores.
O próximo jogo do Peixe acontece justamente no Pacaembu, neste sábado, contra o Mirassol, pela sexta rodada do estadual. A Vila passa por reformas.