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Pressionado x efetivado: fase dos técnicos marca o Clássico Vovô

Semana do Botafogo foi marcada por protesto de torcedores, que pediram a saída de Eduardo Barroca. Já os tricolores adoram Marcão, o treinador do Fluminense

Montagem - Barroca x Marcão
imagem cameraBarroca e Marcão representam a nova geração de técnicos (Fotos: Vitor Silva/Botafogo; Lucas Merçon/Fluminense)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/10/2019
17:49
Atualizado em 06/10/2019
08:54

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O Clássico Vovô, como é conhecido o confronto entre Botafogo e Fluminense, será, neste domingo, bastante jovial se levarmos em consideração os comandantes das equipes. Pelo lado Alvinegro, Eduardo Barroca, de 37 anos. Já vestindo tricolor, estará Marcão, 10 anos mais velho. Ambos estão em início da carreira e se enfrentam pela primeira vez, às 16h, no Nilton Santos, com transmissão em tempo real no LANCE!.

A partida pode ser um divisor de águas na carreira dos treinadores. Para Eduardo Barroca uma vitória vai ser fundamental visando amenizar a pressão que o time vem sofrendo. Nos últimos quatro jogos, são três derrotas e um empate, com apenas um gol marcado. Por conta do péssimo momento, a rotina do Botafogo foi marcada por protestos de torcedores.

Na madrugada de terça-feira, horas depois da derrota para o Fortaleza, os muros de General Severiano foram pichados, com frases contra a diretoria, jogadores e o próprio Barroca. Na quarta-feira, teve invasão ao Nilton Santos, interrompendo o treinamento da equipe. Dois dias depois, nova invasão, dessa vez, em General Severiano. As ações motivaram a diretoria fechar as atividades, suspendendo as coletivas.

Em caso de derrota, Eduardo Barroca corre o risco de ser demitido. Contratado em abril para substituir Zé Ricardo, o treinador iniciou sua trajetória de forma bem positiva, terminando o primeiro turno do Campeonato Brasileiro em 10º lugar, posição acima do esperado. No returno, não fez a equipe pontuar. Já na Sul-Americana, levou o Botafogo até as oitavas de final, caindo para o Atlético-MG.

Desde que assumiu a equipe, o treinador acumula 10 vitórias, três empates e 13 derrotas. O último triunfo botafoguense no Brasileiro foi conquistado no dia 8 de setembro, quando bateu o Atlético-MG por 2 a 1, no Nilton Santos.

TABELA
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro


Já Marcão vive uma situação muito mais tranquila e não corre o risco de deixar o comando do Fluminense em caso de derrota no clássico. Afinal de contas, o treinador foi efetivado na última sexta-feira, deixando de ser o auxiliar técnico permanente da comissão técnica, cargo que exercia desde junho, quando Mário Bittencourt assumiu a presidência.

Ser técnico do Fluminense não chega a ser uma novidade para Marcão. Ídolo dos tricolores, o ex-volante quebrou o galho como interino em quatro oportunidades. A primeira vez foi no Carioca de 2016, quando comandou a equipe em dois jogos, após a demissão de Eduardo Baptista. Mesmo com duas vitórias, sobre Friburguense e America, Marcão não foi mantido.

A nova oportunidade surgiu no mesmo ano. Em novembro, depois que Levir Culpi foi demitido, Marcão foi o técnico nas últimas quatro rodadas do Campeonato Brasileiro. Na época, a competição havia ganhado mais duas vagas para a Libertadores, transformando o G4 em G6. O Fluminense era o 9º colocado e estava a três pontos do 6º lugar, o Athletico. Criou-se portanto, uma grande expectativa por parte da torcida em Marcão, porém os resultados não foram satisfatórios, somando dois empates (Athletico e Internacional) e duas derrotas (Ponte Preta e Figueirense).

Neste ano, mais uma vez, Marcão foi requisitado e não decepcionou. Com Fernando Diniz demitido, o treinador foi o responsável por conduzir o Fluminense no primeiro jogo contra o Corinthians, pelas quartas de final da Sul-Americana. Em plena Arena Corinthians, o Tricolor segurou um empate em 0 a 0, porém Oswaldo de Oliveira já estava contratado.

Com a saída do antecessor, Marcão assumiu a equipe e venceu o Grêmio, por 2 a 1, no Maracanã, vitória que lhe rendeu a efetivação e tirou o time da zona de rebaixamento. No entanto, o diretor de futebol, Paulo Angioni, deixou claro que a manutenção no cargo vai depender dos resultados.

- O Marcão é o treinador do Fluminense. Ele será o treinador enquanto entendemos que ele possa ser. Desejo sucesso a ele. O clube não está procurando treinador.

Em outras palavras, Marcão não pode relaxar, até porque futebol é resultado e vida de treinador depende de vitórias, que são importantes, tanto para o técnico do Fluminense, quanto para Eduardo Barroca, treinador do Botafogo.

Identificação de longa data

Eduardo Barroca e Marcão representam a nova geração de treinadores. Na profissão eles ainda buscam se firmar, mas dentro dos clubes nos quais trabalham, já possuem uma identificação.

O treinador do Botafogo fez um grande trabalho nas categorias de base. Pelo Alvinegro, Barroca comandou a equipe sub-20, de 2016 a 2018, conseguindo levar o time em sete finais e conquistando quatro títulos: Taça Guanabara e Carioca em 2016, Torneio OPG de 2017 e o principal deles, o Campeonato Brasileiro da categoria, também em 2016.

Marcão ainda não conquistou títulos como treinador do Tricolor, porém a sua carreira como jogador faz ele ser ídolo da torcida. O ex-volante disputou 397 jogos com a camisa do Fluminense, sendo o 11º atleta com mais partidas pelo clube, que defendeu entre 1999 e 2006, levantando três troféus: A Série C de 1999 e os Cariocas de 2002 e 2005.

Sorte em clássico x Sorte contra o Botafogo

Na curta carreira como treinador, Eduardo Barroca já teve a oportunidade de comandar o Botafogo em três clássicos, um contra cada rival carioca. No primeiro turno, venceu o próprio Fluminense e o Vasco, ambos por 1 a 0. Diante do Flamengo, o técnico levou a pior, mas fez jogo duro, perdendo por 3 a 2.

Como treinador, Marcão vai comandar o Fluminense pela primeira vez, justamente contra um adversário que costumava levar sorte na época de jogador. Volante de marcação, Marcão não tinha a obrigação de marcar gols. Mesmo assim, fez 22 com a camisa tricolor, tendo como a principal vítima o Glorioso, que sofreu por quatro vezes. Em uma dessas ocasiões, o jogador marcou um golaço de bicicleta.

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