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‘Que as pessoas valorizem o estilo de jogo da Ferroviária’, diz goleiro Tadeu

Tadeu exalta campanha da Ferroviária no Paulistão. Ao LANCE!, ele fala sobre a carreira, jogo com os pés, e dificuldades no começo da caminhada como jogador 

Tadeu
imagem cameraTadeu foi um dos destaques da Ferroviária no Paulistão deste ano (Foto: Thiago Carvalho/Ferroviária)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 02/04/2019
15:10
Atualizado em 02/04/2019
20:24

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Tadeu foi um dos destaques da Ferroviária no Campeonato Paulista desta temporada. O time de Araraquara conseguiu a classificação para as quartas de final do estadual, mas foi eliminada pelo Corinthians, após disputa de pênaltis.

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Tadeu fala sobre a campanha do clube no Paulistão, a entrevista emocionada após o jogo contra o Corinthians e também sobre a sequência na temporada. 

 Como você avalia a campanha da Ferroviária no Paulistão?

Foi uma campanha histórica, de alto nível, que é o que exige o Campeonato Paulista, ainda mais quando é uma equipe pequena, precisamos ter grandes jogos contra grandes equipes. Fizemos um jogo diferente, com posse de bola, diferente de outros clubes pequenos. Conseguimos propor o jogo em diversas partidas, que era um dos nossos objetivos na competição.

Você deu uma entrevista muito emocionado após o jogo contra o Corinthians. O que passou pela sua cabeça naquele momento?

Foi o sentimento que eu tive naquela hora. Quis valorizar a Ferroviaria, valorizar a excelente campanha, grandiosa para a cidade de Araraquara. Que as pessoas vejam mais a Ferroviária, o estilo de jogo que nós jogamos, demos trabalho ao Corinthians em Itaquera. Pena que não conseguimos sair com a classificação.

Você teve passagem de destaque no Oeste na temporada passada. Como foi enfrentar seu ex-clube?

Foi algo tranquilo, normal, o Oeste é um clube que me deu uma oportunidade de disputar uma Série B, fui feliz lá. Para mim foi algo tranquilo, como enfrentar qualquer clube.


Numa decisão por pênaltis como Corinthians x Ferroviária, a pressão é maior para o clube grande, que joga em casa, ou para o desafiante, que não está acostumado a decisões desse tipo?

Acredito que exista pressão para os dois lados, conseguimos manter a concentração mesmo com o barulho ensurdecedor da torcida do Corinthians. São duas equipes que almejavam classificação para as semifinais, o jogo estava aberto.

Vimos que você bateu um dos pênaltis contra o Corinthians. Quando começou a bater? Porque? Você se inspira em alguém? Conte um pouco dessa experiência

Fui muito bem treinado com os pés na base do Coritiba. Desde que cheguei na Ferroviária, bati pênalti, falta, sempre gostei de explorar esse lado. O Vinicius Munhoz, técnico da Ferroviária, sempre deu esse apoio para eu explorar esse lado de bola parada. É um fundamento que procuro praticar bastante, para sempre aprimorar. Fiz o meu primeiro gol como profissional na Ferroviária ano passado, foi uma experiência única para mim.

Quais são os planos para a sequência da temporada?

Eu tenho contrato com a Ferroviária até o fim desta temporada, esta semana estou em Araraquara. Vou sentar com a diretoria, com a minha família e vamos decidir o que é melhor para o clube e para mim.
(Nota da Redação: segundo o site globoesporte.com e a Rádio Sagres, o goleiro tem acerto encaminhado com o Goiás para a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro de 2019)


 Você quase largou a carreira após a passagem pelo Ceará em 2015. O que aconteceu naquele momento? Pensou mesmo em abandonar o futebol?

Pensei em largar sim, fui embora decidido a abandonar o futebol, fiquei um tempo em casa com meus pais. Meu pai me incentivou quando recebi o convite da Ferroviária. A Ferrinha fez muito por mim, me abriu as portas novamente para o mundo do futebol, só tenho que agradecer a esse clube.

Você se inspira no Vanderlei, goleiro do Santos. Quais atributos dele você aprecia e tenta melhorar no seu jogo?

O Vanderlei é um goleiro que eu vi no Coritiba, sempre admirava o trabalho dele, se dedica muito, se cuida bastante, quer sempre evoluir. Tive o prazer de jogar contra ele esse ano e o ano passado também. Os pontos que eu levo dele são esses, nunca desistir, sempre ir melhorando cada vez mais e se cuidar bastante.

Você jogou três temporadas na Ferroviária. O que faz esse time ser tão especial para você?

É especial por ter aberto as portas, ter dado a oportunidade de voltar a jogar quando estava pensando em parar. A cidade de Araraquara me acolheu muito bem, o clube me deu estrutura muito boa, conquistei o título paulista, fiz grandes jogos, que estão marcados para o torcedor. Foi lá onde fiz o primeiro gol como profissional. Só tenho a agradecer este clube, serei grato pelo resto da vida.

* Sob supervisão de Vinícius Perazzini

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