O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recebeu propinas por 10 anos em contas bancárias na Suíça. A denúncia foi feita por um delator que está colaborando com as investigações do FBI e foi divulgada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", que conseguiu documentos da justiça norte-americana, nesta terça-feira.
Nos documentos obtidos pela publicação, o nome do delator não é divulgado. Ele é classificado apenas como "CW1", sigla em inglês para "Cooperating Witness" (testemunha que está cooperando). No entanto, o jornal diz que as investigações apontam que ele tem envolvimento com uma empresa de marketing com sede na América do Sul e filial nos Estados Unidos.
Segundo o FBI, Ricardo Teixeira teria "recebido mais de 20 milhões de francos suíços (US$ 20 milhões) em contas das quais ele era o único beneficiário em propinas da ISL entre 1992 e 2000, em violações ao Código Penal Suíço". Vale lembrar que a ISL era uma empresa de marketing parceira da Fifa que faliu em 2001.
Mesmo depois da falência da ISL, Teixeira continuou recebendo propina, segundo os documentos. Inclusive, o próprio delator teria feito pagamentos ao cartola brasileiro. O ex-mandatário da CBF tinha uma conta no banco UBS de Zurique e um banqueiro fazia parte do esquema.