No que depender do presidente da FFERJ, Rubens Lopes, Gávea e Laranjeiras podem fazer parte da lista de estádios do Campeonato Carioca. Em live realizada nesta sexta-feira, o dirigente afirmou que o fato das partidas tenderem a ser realizadas com portões fechados abre uma brecha para a mudança de rota.
- Isso é uma hipótese que não pode ser descartada. Se não haverá público, se serão portões fechados, eu não vejo nenhum inconveniente técnico para as partidas serem realizadas nesses dois estádios citados, como em outros - afirmou.
Entretanto, o mandatário destacou que outro ponto tem de ser avaliado antes dos dois estádios serem confirmados pela dupla Fla-Flu.
- O que precisa se discutir, colocando essa hipótese como provável, é que tem um ator importante nessa história toda que é a televisão. A televisão que tem os direitos de transmissão precisa opinar se há condições técnicas nesses lugares que estão sendo ventilados. Se existe condição técnica, não existe nenhum outro obstáculo, não vejo motivo para não acontecer - disse.
Sobre a possibilidade da sequência da Taça Rio ser adiada e a dupla Fla-Flu fazer logo a final da competição, Rubens Lopes foi enfático. O Rubro-Negro venceu a Taça Guanabara e o Tricolor das Laranjeiras tem maior número de pontos.
- Se você perguntar isso àqueles que têm chances de serem finalistas, talvez eles não gostem dessa sugestão ou possibilidade. Se você pergunta aos dois clubes (Flamengo e Fluminense), não te digo que sim, mas é até surreal. Foi muito debatido isso, não tem virada de mesa, não tem jeitinho para que todo mundo ache... “Melhor colocar A e B na final”, “melhor desconsiderar”, “decreta esse campeão”, “esse não cai”... Todo mundo tem hipóteses diversas para motivos especiais, motivos próprios. Os clubes, para acabar com essa história toda, resolveram que vamos até o final da forma que foi planejado inicialmente.
O dirigente minimizou o fato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ter se oposto à retomada do futebol em maio. Segundo Lopes, ele aguarda um comunicado oficial do governo sobre o protocolo do "Jogo Seguro", sobre os cuidados sanitários na volta às atividades.
- Nós não temos conhecimento, não fomos comunicados oficialmente de nenhuma decisão do governador. Nenhuma. O que posso dizer é que encaminhamos o protocolo de segurança para ser apreciado pelo governador, pelo secretário de saúde, para que possam analisar criteriosamente. Que esse documento sirva de subsidio para uma decisão. A nossa expectativa é que ela possa ser favorável, mas cabe essa análise a eles, porque nós temos uma variável, eles têm outras variáveis que devem entrar nessa análise - declarou.
Rubens Lopes também falou sobre o impacto que a pandemia do novo coronavírus trouxe para o Estadual.
- Quando se fala em prejuízo o intangível é extremamente relevante. Credibilidade e conceitos são atingidos violentamente. Em termos econômicos, podemos deduzir que haverá maior concentração de renda. Os ativos perderão valor. A sua bicicleta hoje não vale mais aquilo que você acha. O direito econômico dos atletas não terá o mesmo valor. A concentração de renda é inevitável. Quem tem muitos recursos, terá mais condições. Os prejuízos serão suportados por todos - e, em seguida, detalhou:
- Em bilheteria, faltam 16 ou 17 partidas, se fizermos uma conta pela média de publico do campeonato, diga-se de passagem, a segunda maior do país, em termos de arrecadação possamos de uma maneira aleatória estipular R$ 6, 7 milhões na bilheteria dessas partidas. Não se tem conhecimento de cada clube, então não se pode dizer como vão suportar essas dificuldades. Elas existirão, ninguém tem dúvida. Agora, se a reserva para suportar o rombo... Cada clube sabe das suas contas, não temos acesso a elas. São informações individuai - completou.