Golaço, pênalti perdido, gol contra, chuva, sol, estreia de promessa... Teve de tudo na manhã deste domingo no Pacaembu, inclusive goleada do Santos sobre o Botafogo por 3 a 0 após três jogos sem vitórias no Brasileirão.
O Santos agora é o nono colocado com sete pontos, enquanto o Botafogo tem quatro e está na lanterna, sendo que ainda pode subir uma posição, dependendo do resultado do jogo entre Sport e Atlético-MG. Na próxima rodada, o Peixe visita o Santa Cruz, enquanto o Alvinegro recebe o Vitória, em princípio no Raulino de Oliveira.
Enquanto ainda havia chuva e céu preto sobre as duas equipes, pressionadas pelo início ruim na competição, era o Santos quem dominava as ações e tentava fazer o que vinha fazendo ao longo do ano: envolver o adversário com toque de bola. E deu certo. Logo com um minuto de jogo, Renato roubou bola no meio de campo e enfiou lindo passe para Vitor Bueno, mas o meia bateu fraco e a bola saiu raspando a trave de Helton Leite.
Mas Vitor Bueno não estava disposto a desperdiçar nova chance. Aos 10, após lançamento primoroso de Thiago Maia, o camisa 18 teve a frieza característica do lesionado Ricardo Oliveira e repetiu as ações do camisa 9. Aplicou chapéu humilhante no goleiro e, debaixo da trave, apenas estufou as redes. O tempo começava a clarear; a nuvem negra, desaparecer.
O Fogão até tentou igualar tudo com Ribamar, mas o atacante optou por driblar Vanderlei, que saiu muito bem na jogada e evitou nova tempestade. Ainda sob tempo aberto no céu do Pacaembu, uma nova trama ofensiva resultou em gol do Peixe. Zeca tocou para Cittadini, que abriu boa bola na área para Paulinho. O atacante bateu no cantinho e contou com a ajuda de Helton Leite para ampliar. Não haveria mais chuva?
Entre o fim da primeira etapa e o começo da segunda, o tempo fechou e a chuva voltou a castigar o gramado. Coincidentemente, o Santos parou de jogar e deixou o Botafogo chegar. Neste meio tempo, quem entrou na equipe carioca foi Neílton, velho conhecido da torcida santista. Com jogo truncado, o árbitro apitou pênalti de David Braz no próprio ex-Menino da Vila. Neílton pediu a bola e teve o aval de Ricardo Gomes para bater. Mas o tempo voltava a clarear para não fechar mais.
Neílton até deslocou o goleiro Vanderlei, mas bateu para fora. O estádio veio abaixo entre vibrações e xingamentos, mas não apenas pelo erro do camisa 17 e a manutenção do placar, mas principalmente pela negativa de Neílton à renovação contratual proposta pelo Peixe em 2013.
O Peixe ainda teve tempo de ampliar, mas com ajuda do Botafogo. Vitor Bueno, destaque do jogo, cobrou escanteio pela esquerda e o volante Bruno Silva cabeceou contra a própria meta. 3 a 0 e jogo resolvido já aos 24 minutos da etapa final. Se uma nuvem negra pairou durante a semana no CT Rei Pelé e até mesmo neste domingo no Pacaembu, o Santos fez questão de espantá-la com autoridade.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 0 BOTAFOGO
Data: 5/7/16 - 11h
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Sandro Meira Ricci - SC (FIFA)
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva - GO (FIFA) e Fabiano da Silva Ramires - ES (ESP)
Público/renda: 16.530 pagantes / R$ 419.950,00
Cartões amarelos: Thiago Maia (SAN); Leandrinho (BOT).
Gols: Vitor Bueno, 10'/1ºT (1-0); Paulinho, 34'/1ºT (2-0); Bruno Silva (contra), 24'/2ºT (3-0)
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato, Léo Cittadini (Serginho - 30'/2ºT) e Vitor Bueno (Valencia - 36'/2ºT); Paulinho e Joel (Diogo Vitor - 25'/2ºT). Técnico: Dorival Júnior.
BOTAFOGO: Helton Leite; Emerson Silva, Emerson, Diego e Victor Luis; Dudu Cearense, Bruno Silva, Leandro e Gegê (Gervasio Núñez - intervalo); Anderson Aquino (Neilton - intervalo) e Ribamar (Sassá 29'/2ºT). Técnico: Ricardo Gomes.